Os mais de 6 mil catadores apoiados pelo Programa Mãos Pro Futuro tiveram renda média mensal 16% acima do salário-mínimo nacional do ano passado.
O programa de logística reversa pioneiro no Brasil, Mãos Pro Futuro, criado e coordenado pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e realizado em parceria com ABIPLA e ABIMAPI, registrou 163.845 toneladas de massa de embalagens recuperadas e encaminhadas para reciclagem em 2022. O volume é 11,3% maior que o apurado no balanço de 2021.
O volume registrado em 2022 é o novo recorde do programa Mãos Pro Futuro, que apresenta frequente progressão no volume recuperado ao longo dos anos. “Essa tendência de crescimento nos resultados dá a todos os envolvidos com o Mãos Pro Futuro confiabilidade, estabilidade e previsibilidade quanto ao atendimento de metas exigidas pelas diferentes regulamentações governamentais, sejam elas em nível federal ou estadual”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC.
A ampliação da parceria com cooperativas de catadores de materiais recicláveis e a presença do programa em todo o território nacional se somam aos resultados positivos. Atualmente, 182 organizações de catadores, que atuam em 165 municípios do Brasil integram o Mãos Pro Futuro.
No total são 966.345 toneladas de resíduos recuperados de 2013 a 2022, fruto de um investimento de R? 138 milhões, realizado prioritariamente em associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Os recursos são utilizados na melhoria de infraestrutura, aquisição de equipamentos e caminhões, pagamento por tonelada recuperada, capacitação e assessoria técnica, software de gestão, divulgação, entre outros.
Considerando o total de massa recuperado de 2013 a 2022 pelo Programa Mãos Pro Futuro, estima-se que cerca de 3,7 milhões de toneladas de CO² deixaram de ser emitidas só pelo fato de que toda essa massa recuperada foi reincorporada no processo produtivo, evitando o uso de insumos primários.
Além disso, pelo mesmo motivo, houve uma economia estimada no setor produtivo de R? 710 milhões em custos econômicos e ambientais, o que engloba por exemplo, economia em energia, consumo de água, em perda de biodiversidade, além de uma solução de baixa emissão de gases de efeito estufa (GEEs).
Transformando vidas
Além de contribuir para a estruturação da reciclagem no Brasil, o Mãos Pro Futuro transforma vidas ao aumentar a renda e proporcionar uma melhoria na qualidade de vida desses trabalhadores.
De acordo com o relatório anual de 2022, os mais de 6 mil catadores de materiais recicláveis apoiados pelo Mãos Pro Futuro tiveram uma renda média de R?1.512,00.
Considerando que o salário-mínimo nacional, em 2022, foi de R? 1.302,00, a renda média destes profissionais ficou 16% acima do salário-mínimo. “Trabalhar com reciclagem é a principal fonte de renda de muitas famílias que vivem dessa atividade de grande importância para toda a sociedade”, diz Rose Hernandes, diretora executiva de Meio Ambiente da ABIHPEC e responsável pela coordenação do programa.
Segundo levantamento realizado junto às 182 cooperativas e associações participantes do programa, atualmente, 56% dos cooperados são mulheres e 44% homens, dado semelhante ao de 2021, o que reforça o protagonismo feminino como profissional de reciclagem.
Fonte: Guia da Farmácia