A OMS não comentou se uma restrição é indicada ou não, mas recomendou testes, isolamento e tratamento sistemático de todos os casos suspeitos.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, criticou os países que “ignoraram as recomendações” da Organização Mundial da Saúde (OMS) para responder à pandemia, nesta segunda-feira (18) e estimaram que o mundo pagaria “um preço alto” por essas estratégias diferentes.
“Vimos expressões de solidariedade, mas pouquíssima unidade em nossa resposta à Covid-19. Os países seguiram estratégias divergentes e todos pagamos um preço alto por isso”, disse Guterres.
“Muitos países ignoraram as recomendações da Organização Mundial da Saúde”, ele acrescentou durante uma videoconferência na abertura da Assembléia Mundial da Saúde, uma reunião anual de 194 membros da OMS, que ocorre pela primeira vez de maneira virtual.
“Como resultado, o vírus se espalhou pelo mundo e agora se dirige para países do sul, onde pode ter efeitos ainda mais devastadores; e corremos o risco de novos picos e novas ondas”, acrescentou.
Investigação
O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que iniciaria a investigação “independente”.
“Lançarei uma avaliação independente o mais rápido possível, no momento apropriado, para revisar as experiências e lições aprendidas e fazer recomendações para melhorar a preparação e resposta nacional e global à pandemia”, afirmou.
A pandemia revelou alguns problemas críticos entre os países que poderiam ameaçar a luta contra o vírus. Ele enfatizou que a OMS anunciou uma emergência de saúde em 30 de janeiro, que é o nível mais alto de vigilância, quando haviam menos de 100 casos fora da China.
Presencia Brasileira
O ministro interino da saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, disse que o Brasil tem dimensões continentais, e cabe ao portfólio adaptar os protocolos de combate do Covid-19, dependendo da gravidade de cada região. Segundo Pazuello, três níveis de governo devem conduzir um diálogo, prestando especial atenção ao Norte e Nordeste. Segundo o ministro interino, todos os recursos necessários para minimizar os efeitos de uma pandemia serão oferecidos.
Pazuello reiterou o compromisso do Brasil com iniciativas globais e disse que “não queria deixar ninguém”. Segundo ele, o país está envolvido na facilitação do acesso ao diagnóstico e às possíveis terapias e vacinas contra o Covid-19.
“Há duas macroestruturas”, diz o ministro interino: um comitê de crise organizado pelo presidente Jair Bolsonaro, que deve coordenar as atividades interministeriais; e o próprio Ministério da Saúde, responsável por pensar em estratégias para lidar com a crise.
O Mundo
Desde que o primeiro caso foi relatado na China em dezembro, a pandemia de coronavírus Sars-Cov-2 matou pelo menos 313.000 pessoas em todo o mundo.
A OMS não comentou se deveria ser restringida, mas recomenda testes, isolamento e tratamento sistemático de todos os casos suspeitos.
Independentemente do progresso da doença em todos os países, ele pediu respeito e adoção de medidas de distância física para impedir a propagação do vírus. Os países seguiram essas recomendações em diferentes estágios e estágios da pandemia.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump acusou a China de encobrir o surto da epidemia e subestimou deliberadamente a gravidade da epidemia.
