A China se opõe a uma venda forçada das operações do TikTok nos Estados Unidos e prefere ver o aplicativo ser proibido no país, de acordo com três fontes ouvidas pela agência Reuters nesta sexta-feira (11).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na última quinta-feira (10) que o prazo definido para a chinesa ByteDance vender os ativos norte-americanos de seu popular aplicativo TikTok não seria prorrogado.
A ByteDance tem negociado a venda das operações norte-americanas do TikTok com potenciais compradores, incluindo Microsoft e Oracle, desde que Trump ameaçou proibir o serviço se ele não for vendido até meados de setembro.
Mas autoridades chinesas avaliam que uma venda forçada faria com que a ByteDance, dona do aplicativo, e a China parecessem fracos diante da pressão de Washington, disseram as fontes.
A ByteDance disse à Reuters que o governo chinês nunca sugeriu fechar o TikTok nos EUA ou em qualquer outro mercado.
No final de agosto, o TikTok iniciou um processo processo contra o governo Trump. A companhia disse que tentou relacionamento com os EUA por quase um ano, mas que o governo americano não deu atenção aos fatos.
Duas das fontes disseram que a China está disposta a usar as revisões feitas em uma lista de exportações de tecnologia em 28 de agosto para atrasar qualquer acordo fechado pela ByteDance, caso necessário.
O Escritório de Informações do Conselho de Estado da China e seus ministérios de Comércio Exterior e Comércio não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.
Perguntado sobre Trump e o TikTok, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse a jornalistas que os EUA estão abusando do conceito de segurança nacional e os instou a parar de oprimir empresas estrangeiras.
O TikTok é conhecido por vídeos curtos populares entre adolescentes. Mas as autoridades norte-americanas expressaram preocupação de que as informações sobre os usuários da plataforma possam ser repassadas à China.
O aplicativo disse que não atenderia a nenhum pedido de compartilhamento de dados de usuários com as autoridades chinesas.
Fonte: G1