A exportação de carne suína bateu recorde em 2020 e teve aumento de cerca de 40%, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Com a pandemia de coronavírus, a demanda por alimento aumentou em todo o mundo, e grande parte da produção brasileira foi enviada a países asiáticos.
“Os principais compradores da carne suína brasileira são, basicamente, China e Hong Kong. Quase 70% de todo o volume exportado tem como destino esses locais”, afirma Edmar Gervásio, técnico Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná.
O estado é o terceiro maior exportador do país e deve fechar 2020 com cerca de 120 mil toneladas de carne suína embarcadas.
“A cadeia de suínos cresceu muito em função dos acontecimentos que ocorreram na China com a peste suína”, explica Leonardo da Rocha, gerente de cooperativa. “O câmbio também foi muito favorável, então conseguimos ter uma alta rentabilidade no negócio e isso que alavancou a suinucultura esse ano”.
O preço pago ao criador por quilo no brasil também saltou: de R$ 4,44 para R$ 7,17, valor nunca praticado antes.
Investimento no setor
Com rendimento alto, muitos produtores resolveram investir no setor. Em plena pandemia, um produtor construiu um novo “chiqueirão” por R$ 360 mil reais, e conseguiu dobrar a produção de leitões na propriedade.
“Nós estamos contando que 2021 seja melhor ainda do que dois 2020”, afirma Marcelo Effeing, criador de suínos.
O produtor de Cafelândia (PR) teve o seu melhor ano desde que começou o negócio há 5 anos. Da criação de 1.200 porcos, ele repassou tudo para a cooperativa da região.
Fonte: G1