A reserva de ações para o IPO do grupo Kora Saúde, que administra hospitais, começou nesta quarta-feira, 14, e a empresa almeja levantar cerca de 1,6 bilhão de reais com o negócio. Mas o que poucos investidores sabem é que a empresa está enfrentando uma pendenga judicial que pode suspender a oferta. Um grupo de cinco médicos, fundadores do Hospital Meridional, entrou na Justiça pedindo a suspensão do IPO alegando que tiveram o direito de preferencia violado, em 2018, quando fundo H.I.G entrou no negócio. O processo corre na Justiça de São Paulo desde o fim de março e a Kora, antes mesmo de ser notificada, já entrou com seus argumentos para tentar evitar que o juiz conceda a liminar.
Entre outras coisas, a empresa diz que esse grupo só tem 1,96% das ações de um dos hospitais, que nunca questionaram o direito de preferência e estão apenas em busca de um “prêmio de sossego”. Esses minoritários alegam, no entanto, que já contestam o direito desde 2018, mas nunca tiveram informações e que a participação é maior do que a alegada pela Kora. Além disso, dizem que se o direito de preferência lhes for concedido, a consequência jurídica é que podem trocar ações da Kora por ações do hospital. Cabe agora à Justiça de São Paulo resolver a pendenga.
Fonte: Veja