Após uma semana de muitos altos e baixos no mercado, o noticiário econômico deve seguir como um dos principais fatores de agitação na bolsa nesta virada de mês.
No Brasil, esta semana contará com os primeiros dados de atividade de maio, que segundo analistas, após a surpresa positiva do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, deve continuar mostrando uma economia nacional mais resiliente no início do segundo trimestre.
Entre os dados mais importantes também estão os de emprego. Na segunda-feira (28) será divulgado o número de criação de empregos formais do Caged, enquanto na quarta (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua.
Esses dois indicadores têm sido acompanhados de perto por analistas e investidores diante não só da piora dos números, mas também por conta da divergência que tem ocorrida entre os dois dados após sofrerem mudanças de metodologia.
Na sexta (2), o IBGE ainda apresenta o resultado da produção industrial referente ao último mês. Serão conhecidos ainda ao longo dessa semana os dados de crédito e de política fiscal, também de maio.
No noticiário corporativo, destaque para a venda da participação que a Petrobras (PETR3; PETR4) ainda tem na BR Distribuidora (BRDT3), em uma transação que pode movimentar R$ 11,5 bilhões, com base no preço de fechamento de 16 de junho.
Além de ajudar a Petrobras a desalavancar, a venda pode remover uma pressão de baixa sobre as ações da BR, segundo analistas consultados pela Bloomberg. Em acordo com o Cade, a estatal definiu o dia 30 de junho como limite para se desfazer do ativo.
Já no exterior, a divulgação do Relatório de Emprego nos Estados Unidos, conhecido como Payroll, será o centro das atenções. “Diante das dúvidas em relação ao timing de início da normalização monetária pelo Fed, o dado do Payroll tem sido, junto com a inflação, o principal indicador a balizar o movimento dos mercados nos últimos meses”, explica a equipe de análise do Bradesco.
Entre os principais dados apresentados com o relatório de emprego está a taxa de desemprego dos EUA, com expectativa de um leve recuo de 5,8% no mês passado para 5,6% agora, segundo dados compilados pela Refinitiv.
Ainda em território americano, na quarta sai o Relatório Nacional de Emprego ADP, que mostra a criação de vagas no setor privado do país, com projeção de criação de 600 mil novos postos de trabalho, ante 978 mil vagas criadas em abril.
Por fim, a semana conta ainda com alguns dados importantes da China, como a produção industrial, além de indicadores na Europa, com destaque para o PIB do Reino Unido.
Fonte: Infomoney