spot_img

Relatório climático do IPCC aumenta a pressão sobre o Brasil

Com a divulgação do novo relatório climático do IPCC, o Brasil deverá sofrer mais pressão para reduzir o desmatamento da Amazônia. Os dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, organização ligada à ONU que estuda os efeitos da interferência humana no aquecimento global, apontam para um cenário crítico.

Publicado nesta segunda-feira, 8, o documento trouxe um dado alarmante: os seres humanos são responsáveis por um aumento de 1,07°C na temperatura do planeta. Dos cinco cenários de emissões de carbono avaliados, apenas um garante o atingimento da meta mais ambiciosa do Acordo de Paris, a de manter o aumento da temperatura na era industrial em 1,5oC.

“A linguagem do relatório é muito forte e reflete o sólido consenso científico sobre o problema”, afirma Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, rede de ONGs ambientais formada por 66 entidades. “O IPCC diz claramente que é inequívoca a interferência humana no clima. Não é mais um debate sobre se as ações humanas dão causa à crise climática, mas do quanto.”

Mesmo se os países começarem a conter as emissões neste momento, o aumento da temperatura, nas próximas duas décadas, deve ficar acima da meta, o que aumenta consideravelmente o risco de mudanças permanentes nos ecossistemas globais. “Os resultados do IPCC implicam que a redução drástica do desmatamento na Amazônia será um elemento essencial da conta da estabilização do clima nos próximos anos”, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do OC.

Advertência mais séria já feita

Para Alok Sharma, presidente da COP26, conferência do clima da ONU que acontece em novembro, na Escócia, essa é a “advertência mais séria já feita” sobre mudanças climáticas. “Ainda temos tempo, mas não podemos esperar dois anos”, afirmou o ministro britânico, em entrevista ao jornal The Observer.

Apesar dos dados alarmantes, o relatório mostra que há uma janela de oportunidade para evitar a tragédia. Para isso, é preciso atingir a neutralidade em carbono o mais rapidamente possível, e no máximo até 2050, o que requer um esforço coordenado entre todos os países – daí, também, a expectativa de que o Brasil sofrerá mais pressão.

A grande aposta da humanidade, neste momento, está na COP26. A expectativa é que a conferência destrave alguns pontos importantes do Acordo de Paris, em especial a criação de um mercado global de carbono, o que depende da regulamentação do seu artigo 6.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem dado a entender que não poupará esforças para que a COP26 seja um sucesso, tão ou mais relevante do que a de Paris, em 2012. E Sharma é a pessoa encarregada da missão.

Na semana passada, ele esteve no Brasil para se encontrar com empresários, cientistas e membros do governo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a marcar com o enviado duas vezes, porém, não o recebeu.

Fonte: Exame

Você é empresário?

Descubra agora gratuitamente quantos concorrentes o seu negócio tem

Logo Data Biz News
Grátis

Descubra agora quantos concorrentes a sua empresa tem

data biznews logo Data Biznews segue as diretrizes da LGPD e garante total proteção sobre os dados utilizados em nossa plataforma.

Últimas notícias

O que falta para a taxa de juros do BC cair mais rápido

Inflação para 2025 está na meta, na conta do...

Na Saque e Pague, R$ 200 milhões para virar “banco” e “loja”

Muitos especialistas previam o declínio dos caixas eletrônicos, equiparando-os...

Veja outras matérias

Logo Biznews brasil
Consultoria Especializada

Compra e Venda de Empresas

Clique e saiba mais

Valuation

Clique e saiba mais

Recuperação de Tributos

Clique e saiba mais