A recompra da participação no grupo Radar anunciada ontem pela Cosan parece ser no momento perfeito, dizem os analistas do banco BTG Pactual.
A Cosan criou a Radar em 2008 com o objetivo de explorar oportunidades de investimento no mercado imobiliário brasileiro. Porém, vendeu quase toda a sua participação na empresa em 2016.
Ontem, ela anunciou a aquisição de 47% da Radar por R$ 1,47 bilhão, atingindo participação de 50%. A empresa tem quase 390 propriedades agrícolas e 96 mil hectares.
Em relatório, os analistas Henrique Brustolin, Pedro Soares e Thiago Duarte dizem que o mercado de terras agrícolas no Brasil está bastante aquecido.
Eles destacam os números divulgados pela consultoria IHS Markit/FNP no qual mostrou preços de terras favoráveis no país.
“Em julho e agosto [deste ano], os preços médios das terras agrícolas tiveram alta de 32% na comparação anual, enquanto avançou 7% no relatório de maio e junho”, comentam.
Os analistas do BTG reforçam que a consultoria ainda mencionou que a liquidez é eficaz sendo dificultado pela forte valorização dos preços em algumas regiões, mas que a demanda por propriedades agrícolas continua forte e os fundamentos são de suporte. O que favorece o negócio da Cosan.
“A Cosan parece recuperar a exposição ao espaço, após um vazio de 5 anos”, dizem, acrescentando que o anúncio de ontem é outra prova de que a Cosan está prestes a reacender um novo ciclo de crescimento.
O BTG Pactual tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 39 por ação da Cosan. Hoje, os papéis da companhia oscilam em alta de 1,95%, a R$ 23,47.
Fonte: Valor Investe