Recentemente, um usuário do PicPay comprou peças de decoração em uma feirinha de artesanato e, ao chegar em casa, descobriu que havia recebido mensagens dentro da plataforma.
O vendedor queria saber se ele havia gostado do produto. Diante da resposta positiva, ofereceu outros itens de sua coleção. Conectados, ambos passaram a fazer negócios juntos.
Quem conta a história acima é Anderson Chamon, um dos fundadores do PicPay, que gosta de usar o exemplo para ressaltar a importância das features sociais no maior aplicativo de pagamentos do Brasil.
“Sempre acreditamos muito no poder da interação social”, diz Chamon, que ocupa o cargo de vice-presidente de produtos e tecnologia da companhia. “Desde o início, nós não queríamos que o PicPay se tornasse uma ferramenta que a pessoa usa apenas quando precisasse fazer algo muito específico, como transferir valores. Era preciso gerar engajamento.”
A estratégia já traz resultados. De acordo com dados da empresa, os usuários socialmente ativos realizam duas vezes mais transações do que outros e têm 2,4 vezes mais chances de continuar acessando a plataforma, além de um ticket médio 53% maior.
O plano de Chamon permeou toda a trajetória do PicPay, empresa de tecnologia e plataforma de pagamentos fundada em 2012. Agora, a proposta atinge o seu ápice: o PicPay começa, de fato, a ganhar ares de rede social.
Não é exagero dizer isso. O PicPay está literalmente transformando transações comerciais em conversas, e de uma maneira que lembra muito as plataformas campeãs deste universo, como WhatsApp, Facebook e afins.
Os clientes do aplicativo já conseguem se comunicar por meio do serviço de mensagens. No chat, é possível, por exemplo, combinar um jantar e a divisão da conta no próprio aplicativo, além de pagar usando o saldo da carteira digital ou o cartão de crédito.
É algo realmente transformador. Significa que, em vez de usar vários aplicativos, o cliente do PicPay pode combinar uma viagem, pagar a conta e trocar impressões sobre o passeio em um mesmo lugar – dentro do app.
O objetivo é fortalecer o chamado efeito de rede, a partir do qual um aplicativo gera mais valor à medida que mais pessoas o utilizam. É um conceito similar ao aplicado pela Uber: quanto mais motoristas, melhor será a experiência do usuário, que tem mais chances de se tornar recorrente. No PicPay, quanto mais fácil for fazer um pagamento e aproveitar outros serviços, mais o aplicativo fará parte do dia a dia dos usuários.
De certa forma, este é o conceito por trás dos chamados superaplicativos, uma única plataforma que vale por várias. No PicPay, o cliente executa serviços bancários, compra em diversos sites e ainda conversa com pessoas com as quais mantêm alguma afinidade.
Segundo uma pesquisa realizada pelo PicPay, entre os usuários que acessaram o chat, 80,4% usaram as mensagens para falar sobre os seus pagamentos, enquanto 24% declararam que também conversaram sobre assuntos de interesse geral.
A inovação não está limitada à troca de mensagens de texto. “A nossa solução já permite também o envio de imagens, vídeos e, mais recentemente, áudios”, afirma Luiz Fernando Diniz, head de Social do PicPay.
O PicPay, portanto, terá muitos dos atributos disponíveis no WhatsApp. Para efeito de comparação, o app do Facebook está presente em 99% dos celulares no Brasil, segundo dados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box.
Nesse contexto, qual é o potencial do PicPay? Basta dar uma espiada nos números da plataforma para entender que ela, de fato, caiu no gosto dos brasileiros.
Atualmente, o PicPay conta com 58 milhões de usuários, e esse número não para de crescer. Em dezembro de 2020, 38,8 milhões. Em março de 2021, 49,9 milhões.
Trazer novas features sociais para dentro da plataforma é ainda mais promissor considerando as características do País. Segundo estudo recente realizado pela consultoria Comscore, os brasileiros só perdem para os mexicanos entre os que passam mais tempo nas redes sociais, mas não será surpresa se a liderança for invertida.
O objetivo do PicPay, ressalte-se, não é virar uma rede social pura e simplesmente. A proposta tem por meta impulsionar todas as suas verticais de negócios – carteira digital, marketplace financeiro, PicPay Store e negócios voltados para PJ –, plugando os serviços às ferramentas sociais.
“A estratégia oferece uma oportunidade de cross selling muito grande”, afirma Diniz. “Com ela, será possível gerar negócios e, esperamos, cativar um número cada vez maior de usuários.”
Além do chat, o feed é o retrato do pioneirismo do PicPay no uso de ferramentas sociais. Ele existe desde o lançamento do aplicativo, mas se tornou público em 2016 (antes, reunia apenas as informações pessoais do usuário, funcionando de forma similar a um extrato). Hoje, tem mais de 400 milhões de sessões por mês.
“Com as features sociais, nós criamos uma conexão emocional muito forte com os nossos clientes”, diz Anderson Chamon, cofundador do PicPay
A adesão às novas features tem sido veloz. Um levantamento feito pelo PicPay constatou, ainda, que 30,2% dos usuários que participaram da sondagem já acessaram a mensageria – ótimo desempenho considerando que a solução foi lançada recentemente, em abril.
Diversas empresas globais inspiram o PicPay em sua jornada. Uma delas é o WeChat, app chinês faz-tudo que conta com uma base impressionante de mais de um bilhão de usuários.
Iniciativas desse tipo fizeram emergir um novo conceito no universo corporativo, o de empresas Social+. Nesse grupo enquadram-se aquelas que possuem produtos específicos, mas, ao mesmo tempo, atendem ao desejo de seus clientes de pertencer a uma comunidade.
“Com as features sociais, nós criamos uma conexão emocional muito forte com os nossos clientes”, diz Chamon. “Ou seja, geramos algo verdadeiramente positivo para ele.”
Fonte: Neofeed