A plataforma digital Warren e a gestora de patrimônio Vitra Capital anunciaram uma fusão nesta sexta-feira. O acordo vai resultar em uma casa com mais de R$ 20 bilhões em ativos sob gestão e mais de 250 mil clientes.
A Vitra continua a operar com sua marca e mesma equipe de gestão, mas sob o “guarda-chuva” da Warren. A operação vai ocorrer mediante troca de ações, com os sócios da Vitra passando a ser sócios da Warren.
As metas para o ano seguinte são de dobrar esses valores, alcançando R$ 40 bilhões em patrimônio administrado. A união com a familly office adiciona R$ 12 bilhões em ativos para a Warren.
A fintech entra no segmento de gestão de patrimônio, passando a ter acesso a produtos de perfil e valores mais elevados para oferecer ao investidor de varejo.
Como destaca o CEO da Warren, Tito Gusmão, o acordo vai permitir com que a plataforma amplie o seu leque de clientes, mas com foco ainda na pessoa física.
— Vamos continuar atendendo o mesmo perfil, mas com uma diversificação no bolso dos clientes. Desde aqueles que querem investir R$ 100 até R$ 1 bilhão – disse Gusmão.
Gusmão também destaca que a fusão possui sinergias, pois tanto o family office quanto a plataforma são remunerados por uma taxa única pelos serviços prestados e sem receber comissões por produtos distribuídos.
— Na indústria em geral, são oferecidos produtos que têm taxas mais altas, já que a remuneração ocorre pela comissão existente. Nossos clientes vão sempre receber a indicação do melhor produto. Isso, que já existia para os super-ricos, estamos fazendo para o investidor de varejo.
Incorporação de tecnologia
A união das casas também permitirá que a Vitra incorpore os serviços tecnológicos já presentes na Warren para seus clientes.
-— Somos uma empresa de tecnologia e a fusão vai ajudar essa indústria dos super-ricos a evoluir e ter acesso a mais produtos — disse Gusmão.
Para o sócio da Vitra, Thiago Fenili, o movimento é pioneiro, pois muitos family-offices tradcionais buscaram a união com bancos.
— Estamos fazendo uma união para gerar valor e a receptividade dos nossos clientes foi incrível — destaca Fenilli.
Em setembro, a Warren já havia anunciado a compra da corretora e distribuidora de títulos Renascença DTVM, focada nos clientes institucionais.
— Desde que a Warren nasceu, sempre trabalhamos para oferecer ao investidor de varejo o mesmo serviço ofertado para os super-ricos. Com a fusão, passamos a ser uma casa de A a Z – destaca o CCO da Warren, Fabio Safini.
Fonte: O Globo