Autoridades do porto de Xangai, na China, liberaram nesta terça-feira (26) um lote de carne bovina brasileira que estava armazenado no local desde o dia 15 de outubro, informou Conrado Beckerman, importador ligado à consultoria Agrifatto, em depoimento ao podcast da empresa.
Segundo ele, o lote era originário de um frigorífico de Tocantins, e havia sido certificado no dia 26 de agosto no Brasil, dias antes do embargo da China à carne brasileira, que aconteceu no dia 4 de setembro. O lote foi embarcado para a Ásia no dia 10 de setembro. A liberação desse lote não significa que o embargo chinês para a carne brasileira tenha terminado. Ele continua valendo. A exportação de carne do Brasil para a China está suspensa desde o início de setembro.
Desde o embargo, a liberação dos lotes de carne bovina nos portos chineses estava totalmente paralisada. Segundo o importador, esse pode ser um sinal de que outros lotes que estão armazenados em portos chineses possam ser liberados nos próximos dias.
“É uma especulação ainda, pode ser um sinal verde no porto de Xangai”, disse. “É de um frigorífico em que intermediamos a importação, não sabemos a situação de outros frigoríficos”.
Segundo a Agrifatto, três frigoríficos brasileiros já receberam notificações das autoridades chinesas para enviar documentações relacionadas aos lotes que estão parados no porto de Xangai, em torno de 300 mil toneladas.
De acordo com a empresa, essas solicitações são referentes a lotes de carnes que foram certificados para a exportação no Brasil antes do embargo e embarcados em navios para a China após o dia 4 de setembro.
Conrado Beckerman, no podcast, ainda comentou que essas solicitações estão ocorrendo apenas em Xangai e não nos demais portos, como em Tianjin ou Ningbo, os principais para o recebimento de carne. “Até agora, foi o único porto autorizado a liberar os lotes que estavam armazenados”.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), informou na tarde desta terça-feira, por email, que não tinha informações formais a respeito das liberações de lotes de carnes brasileiras no porto de Xangai.
Fonte: Uol