BV, XP e BR Startups investiram na fintech fundada por Lucas Moraes e Cristiano Oliveira; assistente financeiro virtual ajuda os consumidores a gastar melhor
Enquanto prepara o IPO, o Nubank continua buscando M&As para fortalecer os serviços. O banco digital chegou a um acordo para adquirir a fintech Olivia, disseram duas fontes ao Pipeline. O app usa inteligência artificial para ajudar os consumidores a gastarem melhor e economizarem, com a análise de débitos e créditos a partir da vinculação às contas bancárias do usuário usando criptografia.
Gestada no Vale do Silício por dois brasileiros — Cristiano Oliveira e Lucas Moraes (filho de Marcos Ermírio de Moraes) —, a Olivia começou a operar nos EUA há cinco anos e só estreou no Brasil no ano passado, quando captou R$ 25 milhões com investidores para escalar a operação.
Desde a criação, a fintech fez duas rodadas de captação de recursos. A primeira ocorreu em 2019, quando a Olivia captou R$ 1,5 milhão, atraindo a XP Investimentos e a BR Startups — um fundo gerido pela MSW Capital e que conta com a Microsoft como cotista. No ano passado, a fintech recebeu R$ 25 milhões, em um aporte liderado pelo BV (o antigo Banco Votorantim).
Integrada aos maiores bancos e a neobanks como o próprio Nubank e plataformas como XP e Íon — do Itaú —, a Olivia vislumbrava crescer na esteira do open banking. No ano passado, os fundadores chegaram a divulgar a meta de alcançar um milhão de usuários em 2021. A startup calcula ter ajudado os brasileiros a economizar R$ 13 milhões em 2020.
A Olivia trabalhou junto com a XP no desenvolvimento de um robô de investimentos. A tecnologia da startup também foi incluída no aplicativo de cartões de crédito do BV, mostrou uma reportagem do Valor no ano passado.
A Olivia atua num nicho também disputado pelo GuiaBolso, uma startup adquirida neste ano pelo PicPay. Na prática, esses assistentes financeiros enfrentam o desafio de monetizar sua base, o que ajuda a explicar a transferência do controle.
Procurado, o Nubank não comentou.
Fonte:Pipeline Valor