Empresas que emitem gases nocivos à atmosfera podem compensar a sua poluição adquirindo títulos verdes, gerando, assim, créditos de carbono. Essa negociação é feita no chamado mercado de carbono. O dinheiro usado nessa troca vai para a conservação de florestas públicas ou privadas.
O excesso de gases nocivos na atmosfera é uma das causas do aquecimento global. As plantas em crescimento retiram o carbono da atmosfera, reduzindo, assim, o impacto de indústrias, agricultura, carros e famílias.
Na atmosfera, cada molécula de carbono está grudada a duas moléculas de oxigênio, formando o CO2. É com ele que a árvore faz a fotossíntese para se alimentar.
Enquanto ela cresce, o oxigênio é liberado e o carbono é armazenado na madeira. Nos termos ambientais, esse processo é chamado de sequestro de carbono.
As árvores mais preservadas e maiores são as que mais contribuem com essa atividade e, por isso, as áreas conservadas podem valer mais quando são disponibilizadas neste mercado.
Em busca do carbono neutro
No município de Extrema, divisa de São Paulo com o sul de Minas Gerais, há uma legislação que visa combater as mudanças climáticas. Um dos objetivos é chegar a 2030 com as emissões de gás do efeito estufa neutro, ou seja, as emissões da população seriam compensadas.
O município, hoje, neutraliza 30% das emissões.
Usando o dinheiro de impostos, patrocínios de ONGs nacionais e internacionais e empresas privadas, 2 milhões de mudas foram plantadas na cidade, reconstituindo cerca de 1.500 hectares.
Chega a 150 o número de empresas baseadas em Extrema que assinaram contratos para compensar impactos ambientais. Uma dessas organizações é a fábrica de chocolates Kopenhagen.
A bióloga Franciane Almeida, especialista em desenvolvimento sustentável, conta que a fábrica já praticava a destinação de resíduos e possui o índice de reciclagem de 95% efluentes tratados em um reator biológico e decompostos por bactérias, devolvendo água para reuso e irrigação.
O próximo passo, agora, é compensar as emissões.
Fonte: G1