A Oakberry, rede de franquia de açaí, pretende se tornar um hub de comida saudável tanto no Brasil quanto nos outros países em que está disponível, além de estar mirando (ainda de longe) uma abertura de capital, ou o famoso IPO.
“Com certeza estão nos planos da companhia [abrir IPO]. Por sermos uma empresa com um produto sustentável e olhando para 80% da receita sendo para fora do Brasil, pensamos em abertura de capital, e imaginamos que a Oak vá ter uma base estrangeira”, diz Gustavo Janer, CFO da Oakberry, ao Money Times.
Ele comenta que a empresa é ‘agnóstica’ quanto ao prazo, mas levar a rede de franquias para a Bolsa de Valores é algo pensável daqui para frente.
Sobre as metas para esse, a rede de franquias espera faturar R$ 550 milhões até o final de 2022, ante receita de R$ 250 milhões em 2021.
Oakberry vai expandir seus negócios para aumentar faturamento
A companhia, que foi fundada em 2016, tem a intenção de “levar o açaí brasileiro para outros lugares” e, por isso, começou seu processo de internacionalização.
Atualmente, a empresa tem 500 lojas — sendo que 390 são no Brasil e outras 110 são em outros países, como Estados Unidos e Austrália. O objetivo da Oakberry é ter mais de 1.500 lojas espalhadas pelo mundo.
Para Gustavo Janer, uma forma para atingir os clientes no mercado internacional é saber a cultura local. Ele comenta que é necessário entender que o cliente estrangeiro não encara o açaí da mesma forma que o brasileiro.
“Essa coisa do lanche à tarde nosso do açaí cheio de toppings não saudáveis não é o que tem lá fora, lá o açaí é visto como refeição, e é consumido o ano todo”, afirma.
Sendo assim, ele deixa claro que para a Oakberry atrair o cliente, ela deve deixar de ser uma loja que vende um açaí bom, para ser um hub de alimentação saudável. Para isso, a empresa pretende criar novos produtos que tem a mesma pegada que o açaí.
“Se sempre conseguirmos criar em um tripé de alimentação saudável, gostosa e prática, é um produto que iremos lançar. Bastante novidades serão vistas no cardápio da Oak nos próximos anos”, conclui.
Starbucks é uma inspiração
Segundo Janer, um modelo de negócio que inspira a companhia para essa expansão é o Starbucks.
Ele enxerga que a rede de cafés não se limitou em estar apenas nos pontos de venda, a criação de um aplicativo para comprar com antecedência e “furar a fila” para pegar o café é uma experiência muito legal fora da loja.
O CFO da Oakberry analista também que o processo de verticalização do Starbucks.
“Então você controla o outsorcing de forma mais correta possível com a fronteira global, com um produto muito bom na ponta, acabamos de fazer uma rodada para conseguirmos fazer isso, e a Starbucks se tornou uma estrela global”, conclui.
Fonte: Money Times
