A gente vive o momento das disrupturas. Novos hábitos, novas formas de fazer tarefas antigas. Isso ocorre porque estamos cansados do que há/havia, ou porque a tecnologia surge com alguma coisa fascinante e muda tudo?
Taxi, Uber
O Uber ou 99 (ou outros assim) substituem taxis, AirBnB fica no lugar da casa de campo ou de algum hotel, e por aí vai.
Foi o mercado que se irritou com as antigas práticas e detonou o táxi, por exemplo, ou foi alguma nova tecnologia que entendeu como melhorar a jornada de compra?
A resposta é simples: uma combinação das duas coisas. Às vezes mais uma ou mais a outra.
A combustão espontânea que faz mudar a forma de agir e consumir pode começar porque o consumidor percebeu que já existe uma alternativa que pode ser melhor. Até aqui tudo bem. Pode até ser suficiente pra tentar algo novo, quando não tínhamos outra coisa no lugar. Mas não para abandonar uma marca.
Alexa
Explico: isso ocorre geralmente quando não detona algo antigo. Quer um exemplo? A Alexa. Muita gente agora pede pra Alexa dizer a previsão de tempo, acender a luz ou a TV, tocar uma música, anotar algo na lista de compras. Mas a gente não substituiu uma antiga máquina tipo avó da Alexa.
Apenas passamos a contar com algo novo e, claro, sensacional. Não abrimos mão de nada em função desta maravilha de aparelho.
Mas no caso do taxi, mesmo sabendo a beleza que é o aplicativo de chamada de carros, não mudaríamos tão prontamente se estivéssemos felizes com o que havia antes do Uber e afins.
Neste caso, apenas conhecer a nova tecnologia não necessariamente nos faria mudar o que fazíamos há tempos (se eu falar décadas acabo revelando minha idade…), e ainda por cima nos arriscar num veículo com motorista que não conhecemos, que nos oferece água e balinhas. A gente não foi educado pra evitar entrar no carro de estranhos e aceitar balinhas e água?
A marca é necessária
E por que entramos no Uber e abandonamos o táxi?
Sim, a tecnologia mudou muito a jornada. Melhorou muito. Já poderíamos achar que essa seria a explicação. Mas a combustão interna da insatisfação moveu a fagulha e nos fez detonar o que existia.
Existe outro elemento que nos forneceu a garantia de que a aventura não era tresloucada (estava com saudades desta palavra): a construção de uma marca que garantisse a experiência e fizesse o consumidor confiar naquele novo serviço.
3 elementos
Então, são 3 elementos, no caso de abandonarmos uma marca ou uma forma de consumidor que envolva algo existente: alguma insatisfação que já incomoda, alguma alternativa que parece melhorar a jornada, uma marca que garanta a aventura da mudança.
E se a novidade disruptora apenas acrescenta uma nova possibilidade, como mencionei a Alexa aí em cima, basta ter uma promessa tentadora que não inclua (muitos) riscos.
Não é uma disruptura você estar lendo este artigo numa tela, ao invés de em um veículo de papel? Melhor assim, não?
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