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No Espírito Santo, o fundo soberano separa R$ 250 milhões para startups

O estado do Espírito Santo reuniu R$ 1 bilhão de royalties do petróleo para diversificar as fontes de receita dos cofres públicos e isso inclui turbinar o ecossistema de inovação regional. O fundo soberano – que apesar do nome em referência ao controle federal também é usado por estados, como Rio de Janeiro – estruturou um primeiro veículo, de R$ 250 milhões, dedicado a investir em startups.

O fundo de venture capital está aportando cerca de R$ 8 milhões healthtech de planos odontológicos WDental e outros R$ 11 milhões na Aevo, startup de gestão de inovação corporativa. Com a gestão da TM3 Capital – a firma de Marcel Malczewski, cofundador da Bematech, venceu a licitação no ano passado -, o veículo vai dedicar ao menos 10% do capital para programas de aceleração, para incluir companhias em fases mais iniciais que a WDental e a Aevo.

O primeiro programa está com as inscrições abertas até amanhã e vai selecionar até 10 empresas, que devem receber um cheque de até R$ 500 mil cada em troca de participação acionária. O fundo também terá um outro programa para essa fase inicial, equity free, coordenado pela ACE Startups, para ajudar a orientar ao menos 50 companhias novatas sem a diluição acionária, nos próximos cinco anos.

“Tendo em vista o estágio de evolução do sistema capixaba, sabíamos que não adiantava fazer um FIP tradicional porque existia um número grande de empresas em fase muito inicial”, explica Felipe Marcondes, diretor de venture capital na TM3 Capital.

A tese de investimento é agnóstica para setor, mas os gestores gostam das companhias que trazem modelo de receita recorrente, no caso das startups já mais estruturadas. Do lado da aceleração, o que chama a atenção é a paixão do empreendedor pelo negócio.

“Nosso ‘sweet spot’ é aquele empreendedor que entrou na aceleração digital com uma ideia, foi adiante, recebeu a aceleração em dinheiro, vingou, recebeu investimento direto e depois um follow-on. O fundo tem essa possibilidade de acompanhar toda a jornada do empreendedor”, diz Marcondes.

A TM3 Capital conta com R$ 500 milhões sob gestão e tem 27 empresas no seu portfólio. Embora o braço de venture capital seja o maior, a casa ainda se dedica a outras áreas, como fundos imobiliários, fundos de ações e também atua como assessor financeiro.

No Rio de Janeiro, o fundo soberano com R$ 2,1 bilhões, também com a premissa de usar os royalties do petróleo para diversificar as fontes de receita. Municípios também fazem algo parecido. O modelo vem sendo replicado na cidade de Maricá, que passou a destinar entre 1% e 5% da arrecadação bruta dos royalties e outros aportes extras a um veículo próprio — e já acumulou R$ 495 milhões.

Fonte: Pipeline Valor

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