Nova edição da pesquisa GEM, realizada pelo Sebrae em parceria com a Anegepe, indica número recorde de pessoas com o desejo de ter o próprio negócio
O segundo maior sonho do brasileiro voltou a ser ter o próprio negócio. Segundo o relatório de 2022 da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), conduzido pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), 60% dos entrevistados indicaram que ter uma empresa é um dos seus maiores desejos.
Esse resultado representa um recorde histórico da pesquisa, que é realizada no Brasil há 23 anos. Em 2020, no início da pandemia, a pesquisa já havia apontado essa mesma posição, com 59% dos entrevistados mencionando esse objetivo.
Em comparação com a edição anterior da pesquisa, conduzida em 2021, em que 46% dos entrevistados manifestaram o sonho de ter o próprio negócio, houve um aumento de 14 pontos percentuais, uma das maiores variações entre as opções de resposta apresentadas aos participantes. Comparado a cinco anos atrás, o incremento foi de 42 pontos percentuais.
“Isso evidencia o espírito empreendedor do povo brasileiro, o crescente interesse pelo empreendedorismo e destaca a importância da criação de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo, abrangendo desde a educação empreendedora até a legislação”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
“Por pouco esse desejo não ficou em primeiro lugar. O maior sonho do brasileiro ainda é viajar pelo Brasil, mas a diferença foi de apenas um ponto percentual”, observa Décio. Essa opção foi selecionada por 61% dos entrevistados. Em terceiro e quarto lugares, com 54% cada, ficaram o desejo de adquirir uma casa própria ou um carro. Em quinto lugar, 49% dos entrevistados mencionaram o sonho de viajar para o exterior.
A Pesquisa GEM é considerada a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo. Realizada anualmente há 23 anos, ela já abrangeu mais de 110 países, o que representa mais de 95% do PIB global. No Brasil, em 2022, foram entrevistados 2 mil adultos e 52 especialistas. Os dados foram coletados entre junho e agosto de 2022. O Brasil é um dos poucos países que participaram de todas as edições da pesquisa.
Fonte: Exame