Estimativa de crescimento da economia em 2023 subiu de 1,26% para 1,68%
Analistas consultados pelo Banco Central elevaram a perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano após a divulgação na quinta (1º) de um PIB (Produto Interno Bruto) maior do que o esperado no primeiro trimestre. Com isso, o mercado também passou a ver um primeiro corte na taxa básica de juros (Selic) mais acentuado em setembro.
De acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta segunda-feira (5), a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023 subiu de 1,26% para 1,68%.
A melhora se dá depois que o IBGE divulgou na semana passada que a economia brasileira cresceu 1,9% de janeiro a março em comparação com os três meses anteriores, graças ao impulso do setor agrícola.
No entanto, para 2024, o mercado reduziu a projeção de crescimento em 0,02 ponto percentual, para 1,28%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que segue a perspectiva de que a taxa básica de juros será mantida no atual patamar de 13,75% na reunião deste mês do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontece em 20 e 21 de junho, e também na de agosto.
Também não houve alterações no cenário para o final deste ano e do próximo, com a Selic projetada, respectivamente, em 12,50% e 10,00%.
Os investidores seguem vendo que o primeiro corte de juros será realizado em setembro, mas passaram a ver um movimento mais forte. Agora, a estimativa é de que a Selic será reduzida em 0,50 ponto percentual nessa reunião, contra 0,25 ponto estimado antes.
Esse movimento seria seguido por mais um corte de 0,25 ponto e outro de 0,50 ponto, respectivamente, nas duas últimas reuniões do ano. Antes, os especialistas consultados viam dois cortes de 0,50 ponto em novembro e dezembro.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que as expectativas para a alta do IPCA (inflação) seguem em tendência de baixa.
Os especialistas consultados veem agora uma inflação de 5,69% este ano, contra 5,71% no levantamento anterior. Para 2024 a conta foi ajustada para baixo em 0,01 ponto, a 4,12%.
Para os dois anos seguintes a pesquisa segue sem alterações, com a alta do IPCA calculada em 4,0%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 e 2025 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Fonte: Folha