Pirataria bate recorde em 2019
Com o fechamento do comércio formal, determinado por vários Estados para evitar a disseminação do coronavírus, a pirataria deve crescer no Brasil. A expectativa é que o comércio ilegal ganhe espaço com downloads ilegal de filmes e músicas, compra de aparelhos decodificadores para a captação de canais de TV a cabo e venda de produtos no comércio eletrônico. Segundo o presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona, o consumidor deve ficar atento pois o barato pode sair caro e prejudicar a saúde, já que até mesmo produtos ilegais para o combate ao coronavírus, como álcool em gel falso, já estão aparecendo no mercado.
Recorde. Os dados do ano passado são alarmantes. Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria, o Brasil perdeu R$ 291,4 bilhões para o mercado ilegal em 2019. O valor é a soma das do que 15 setores industriais deixaram de vender com a estimativa dos impostos que não foram arrecadados em função da ilegalidade. Foram pesquisados os setores de vestuário, óculos, cigarro, TV por assinatura, higiene pessoal, software, bebidas alcoólicas e combustíveis, entre outros. Uma estimativa da Aliança Latino Americana de Contrabando (ALAC) diz que, em média, o mercado ilegal corresponde a 2% do PIB dos países latino-americanos. No Brasil esse porcentual está, no mínimo, em 7,85%. Segundo Vismona, apesar de o PIB não crescer, a ilegalidade está aumentando.
Foto: Alex Silva/Estadão