A campanha do iFood alcançou mais de 100 milhões de visualizações no TikTok em apenas 3 dias. Esse feito matemático já é reconhecido como um caso de sucesso pelo próprio TikTok, e a campanha ainda está apenas começando.
É incrível como a combinação do tradicional e cativante jingle com a poderosa plataforma TikTok se tornou um fenômeno inquestionável. Alguns podem torcer o nariz para o jingle (“não tem ideia”, kkk!) e para o TikTok (“não é criativo”, kkk!), mas esses dois elementos provaram ter um enorme impacto.
Propaganda não se resume a músicas melancólicas de fim de casamento, como as clássicas de Lulu Santos ou o axé. O futuro da propaganda está na colaboração entre diferentes artistas, como Elton John cantando com Dua Lipa em “Cold Heart”. Aliás, na Itália, há um curso para CEOs que busca insights do futuro estudando o passado, e acredito firmemente nisso. O futuro tem uma essência antiga.
Detesto o termo “mídia tradicional”, pois acredito que não exista mais uma mídia única e tradicional. O que existe é o uso tradicional da mídia. Em certos momentos, a propaganda precisa ser inteligente e criativa, enquanto em outros momentos pode ser uma balada de Lulu Santos ou um rock de Rita Lee.
“Tem um curso na Itália para CEOs que provoca grandes insights do futuro estudando o passado. Eu acredito muito nisso. O futuro tem um coração velho”.
O iFood precisa estar presente literalmente na boca do povo. Ele é um fenômeno brasileiro que enche de orgulho o país. Criado por Fabrício Bloisi, um talentoso baiano formado em computação, que tinha um sonho no coração, uma habilidade para unir talentos, comandar e inspirar pessoas, criar uma cultura forte e executar. Foi assim que ele criou uma empresa de renome mundial.
Juntos, participamos do OPM (Owner/President Management) da Harvard Business School, e os professores e colegas do curso ficavam impressionados com Fabrício e esse caso brasileiro chamado iFood. O nome em inglês se tornou uma expressão em português.
A estratégia da campanha é evidente, mas o óbvio, no Brasil, costuma ter muitos detratores. As pessoas adoram complicar as coisas. Eu fui locutor de rádio e aprendi o que se torna um sucesso. Fui treinado para isso. Tenho um ouvido atento e uma abordagem despretensiosa. Faço com prazer coisas que as pessoas gostam e se identificam.
Dentre os 105 milhões de visualizações, existem hoje 1.500 conteúdos criados pelos próprios consumidores, mostrando como o iFood faz parte de suas vidas.
Meu amigo Jorge Amado costumava dizer que não gostava de sair à noite, pois depois das 3 da tarde as conversas inteligentes eram escassas.
Comer pizza, cachorro-quente, batata frita, hambúrguer e açaí não é alta gastronomia, mas é iFood. O iFood entrega desde refeições simples e acessíveis até pratos sofisticados.
Os hits populares são justamente pizza, filé, hambúrguer, açaí e outras delícias maravilhosas, apreciadas globalmente por sua simplicidade.
É essa minha audácia em fazer algo popular de uma forma pop, com a essência do TikTok, que está impulsionando o sucesso da campanha “Pede iFood já”.
Agradeço ao Fabrício e sua equipe pela coragem de aprovar o óbvio. Afinal, aprovar o simples é muito mais desafiador do que aprovar o complexo.
Steve Jobs costumava usar a expressão “chicote da simplicidade” (sic) para lutar contra tudo que complicava as coisas. O iFood é uma ideia simples, assim como uma camiseta branca, um jeans e um tênis, coisas que as pessoas amam. As marcas que entendem a essência humana e não tentam inventar, acabam inventando algo novo novamente. São 105 milhões de visualizações em 3 dias, e pronto!
Fonte: Neofeed