Grupo propõe limitar poder de voto dos acionistas da Westwing
Um grupo de acionistas da Westwing, que detém 44,6% do capital da empresa, está propondo uma alteração no estatuto para dificultar a realização de ofertas hostis de aquisição. A proposta visa proibir que qualquer acionista tenha poder de voto superior a 15% do total. Isso afetaria diretamente dois acionistas que atualmente possuem participações maiores que esse limite: a gestora WNT, com 28,7% do capital, e a empresa de private equity Axxon, com 25,6%.
A administração da Westwing está apoiando a medida, considerando que essa limitação é benéfica para os interesses da companhia. A WNT, por sua vez, está buscando convocar uma assembleia para trocar o conselho de administração, mas sua proposta de chapa única deve ser rejeitada pelo grupo de acionistas minoritários.
Recentemente, o conselho da empresa sofreu três baixas de membros que renunciaram, e os acionistas minoritários indicaram novos membros independentes para o cargo. Se aprovados, esses novos membros garantiriam uma maioria independente no conselho, o que, na visão dos minoritários, é mais adequado para uma empresa de controle acionário disperso como a Westwing.
Os acionistas minoritários têm a intenção de acompanhar mais de perto as propostas e a administração da empresa, buscando uma maior participação na governança. A gestora WNT assumiu recentemente a posição de principal acionista da Westwing, e embora ainda não tenha revelado seus planos para a empresa, o valor das ações vem apresentando queda significativa desde o IPO em fevereiro de 2021. A empresa enfrentou dificuldades em gerar caixa líquido e registrou prejuízo líquido de R$ 13,5 milhões no primeiro trimestre de 2023, o que tem gerado insatisfação entre os acionistas minoritários.
Fonte: Pipeline Valor