Banco diminuiu sua recomendação e ajustou o preço-alvo das ações da empresa varejista
O BTG Pactual rebaixou sua recomendação para as ações do Grupo Pão de Açúcar de “compra” para “neutro”, enquanto também reduziu o preço-alvo de R$ 23 para R$ 7. Os analistas responsáveis, Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, expressaram em sua análise que a recente cisão do Éxito ampliou o enfoque nas operações regionais do GPA no Brasil, porém, a companhia enfrenta desafios de curto prazo.
A organização tem se empenhado em impulsionar a produtividade das lojas, no entanto, os resultados do segundo trimestre evidenciaram tendências de consumo enfraquecidas, as quais provavelmente persistirão nos próximos períodos. Os analistas destacam que o segmento de varejo alimentício guarda correlação com a inflação do setor, e ainda, as complexidades logísticas inerentes à cadeia de suprimentos encarecem o modelo almejado pelo GPA em comparação ao atacarejo.
O BTG Pactual atribui um valor de R$ 4 às operações do GPA, enquanto os demais R$ 3 que compõem o preço-alvo são direcionados à participação da empresa de 13% no Éxito. Isso equivale a um múltiplo de 3,9 vezes o Ebitda projetado para 2024.
Na ausência da participação no Éxito, os analistas projetam um crescimento anual de 7,7% nas receitas do GPA entre 2023 e 2027, acompanhado por um aumento de 5,7% nas vendas das mesmas lojas. A previsão é de que a companhia inaugure 50 novas lojas anualmente durante esse período. Além disso, espera-se que a margem Ebitda, atualmente em 5,9%, alcance 8,8% até 2027.
Fonte: Pipeline Valor