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SmartBreak, a startup que é um ‘vending machine killer’

Quando trabalhava na Ambev, Rodrigo Colás teve uma experiência que mudaria sua vida ao visitar um cliente. Em cima de uma mesa, sem supervisão, ele viu uma máquina de cartão ao lado de uma variedade de chocolates.

O dono da empresa explicou a Rodrigo que as pessoas pegavam os produtos e pagavam imediatamente, e depois alguém reabastecia a mesa. Isso fez Rodrigo começar a pensar em criar algo inovador, com preços atrativos e uma seleção de produtos mais ampla, que poderia facilmente substituir as máquinas de venda automática.

Um mês depois, Rodrigo deixou seu emprego na Ambev, onde havia trabalhado como gerente logístico por sete anos, e fundou a SmartBreak, uma rede de minimercados autônomos instalados em edifícios residenciais e empresas.

Nos condomínios, a SmartBreak fecha acordos com os síndicos para utilizar pequenos espaços da área comum, geralmente uma sala vazia, para criar suas lojas.

A startup cobre todos os custos de investimento, incluindo a compra de freezers, geladeiras, móveis e a implementação do sistema de pagamento, sem pagar aluguel pelo espaço.

Para os condomínios, essa solução oferece conveniência aos moradores, proporcionando à SmartBreak acesso a um espaço valioso de aproximadamente um metro quadrado.

Naturalmente, os produtos da SmartBreak têm preços mais elevados em comparação com um supermercado tradicional, o que resulta em margens de lucro substanciais para a startup. Rodrigo destaca que os preços são inferiores aos de uma loja de conveniência de posto de gasolina, por exemplo.

Atualmente, a SmartBreak possui 650 lojas em operação na Grande São Paulo. A meta é alcançar 1.000 lojas até o próximo ano, com um faturamento anual estimado de R$ 200 milhões, e expandir para 2.000 lojas em dois anos.

Para impulsionar essa expansão, a startup realizou recentemente uma rodada de financiamento liderada pela Headline, uma empresa de investimentos de Romero Rodrigues em parceria com a XP, com a participação do capital de risco corporativo do Grupo Ultra. A SmartBreak obteve R$ 36,5 milhões em financiamento nessa rodada.

O mercado em que a startup atua se tornou mais competitivo desde o início da pandemia. Quando Rodrigo fundou o negócio em 2016, não havia nenhuma empresa competindo nesse nicho. Hoje, ele destaca que existem mais de 300 empresas atuando no setor.

A SmartBreak é a maior entre elas em termos de lojas próprias. No entanto, algumas empresas, como a Market4u, operam no modelo de franquias e têm uma escala maior. A Market4u, por exemplo, possui mais de 2.000 lojas, das quais apenas 200 são próprias.

Romero, da Headline, ressalta que o modelo de negócio tem margens de lucro altas, mas também apresenta desafios. Ele destaca a limitação da variedade de produtos nas prateleiras, a importância da gestão inteligente de mix, preço e quantidade, e a necessidade de uma logística eficiente para manter as lojas sempre abastecidas. Além disso, as lojas sem atendentes tendem a ter mais casos de furto do que as lojas convencionais.

Para enfrentar esses desafios, a SmartBreak está investindo em inteligência de dados, embora esteja apenas começando nesse aspecto. A empresa busca entender melhor o comportamento dos clientes, como a demanda por certos produtos em eventos específicos, como jogos de futebol.

O nível de furtos era algo esperado, dada a ausência de atendentes nas lojas. Rodrigo observa que o plano de negócios já prevê uma taxa de furto de 2% a 4% da receita das lojas, mas enfatiza a importância de monitorar de perto essa questão para evitar que aumente. A presença de câmeras de segurança na entrada de todas as lojas ajuda a dissuadir esse tipo de comportamento, e a startup conta com uma equipe de monitoramento remoto para as lojas com taxas de furto mais altas.

Apesar disso, a SmartBreak já teve que fechar 10 lojas devido ao alto nível de furtos, pois isso afetava negativamente sua rentabilidade. Rodrigo destaca a importância do apoio dos síndicos nesses casos.

Fonte: Brazil Journal

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