Estimativa foi apresentada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 21
O Banco Central (BC) revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2024, reduzindo-a de 1,8% para 1,7%, conforme divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) desta quinta-feira, 21. A autoridade monetária também projetou uma inflação de 3,5% para o próximo ano.
A diminuição na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) reflete um recuo nas estimativas para a agropecuária e a indústria, enquanto há um leve aumento na previsão para o setor de serviços, de acordo com o BC. A projeção para a agropecuária em 2024 passou de 1,5% para 1,0%, refletindo ajustes na safra que indicam uma produção agrícola menor. Para a indústria, a estimativa diminuiu de 2,0% para 1,7%, influenciada pelos recentes anúncios dos principais produtores de petróleo e minério de ferro, que não sugerem um crescimento expressivo no setor no próximo ano.
A previsão de crescimento do setor de serviços, por sua vez, foi ajustada de 1,8% para 1,9%, sem mudanças significativas no ritmo de crescimento dos principais componentes ao longo do ano, conforme informou o BC.
As projeções para o consumo das famílias, consumo do governo e formação bruta de capital fixo também foram ajustadas, passando de 1,9%, 1,5% e 2,1% para 2,3%, 1,1% e 1,0%, respectivamente. O BC observa que, apesar do aumento nas estimativas, a desaceleração do crescimento do consumo das famílias em 2024 deve-se ao menor ritmo esperado de expansão da renda disponível, com a previsão de arrefecimento do crescimento da massa salarial e dos benefícios sociais, além da não repetição do impulso positivo causado pela queda dos preços de alimentos. Por outro lado, espera-se que o crescimento dos investimentos reflita principalmente a queda dos juros. A estimativa para a variação das exportações permanece inalterada em 1,5%.
O Banco Central também apresentou as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos anos, indicando uma inflação de 3,5% para 2024, seguida por quedas para 3,2% em 2025 e 2026, frente à meta de inflação de 3,00% para esses anos. Apesar disso, o BC ressalta que as expectativas para os próximos anos permanecem desancoradas, sem mudanças relevantes na mediana das projeções.
Fonte: Exame