São Paulo segue sendo o estado com mais casos: 8.216 confirmados e 540 mortes. A taxa de letalidade paulista é de quase sete mortes a cada 100 infectados
O Brasil atingiu a marca de 1.000 mortes confirmadas pela pandemia nesta sexta-feira, 10, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
A marca foi atingida menos de um mês depois da primeira vítima, que faleceu em 17 de março, em São Paulo. Em uma rápida velocidade, dez dias depois, em 28 de março, as mortes chegaram a 114 e, agora, 13 dias depois, a 1.000 casos.
O número oficial de mortes até esta sexta-feira é de 1.057, segundo a contagem oficial do Ministério da Saúde. Já o número de casos chegou a 19.638. Até a quinta-feira, 9, eram 17.857 casos.
A taxa de letalidade brasileira é de 5,7%, ou seja, quase seis mortes a cada 100 pacientes com a doença. Quase 80% das mortes são de pessoas com mais de 60 anos e com algum tipo de doença pré-existente, sendo cardiopatia e diabetes as mais comuns.
Em número de casos, a marca de 20.000 infectados deve provavelmente ser atingida já neste sábado, 11, se a velocidade de contágio continuar. Caso o cenário se confirme, o Brasil terá levado somente cinco dias para ir do caso 10.000, em 6 de abril, ao caso 20.000.
O Ministério da Saúde já havia apresentado na última semana um comparativo na última semana que mostrava essa evolução da epidemia no país. Foram 17 dias para atingir 100 casos. Depois, foram mais sete dias para atingir 1.000 casos e mais 14 dias para atingir 10.000 casos.
No mundo, também nesta sexta-feira, 10, o número de mortos por coronavírus bateu outra triste marca, a de 100.000 mortes confirmadas. Ao todo, são mais de 1,6 milhão de pessoas infectadas.
Casos por região
São Paulo segue sendo o estado brasileiro com o maior número de casos: são 8.216 confirmados e 540 mortes. A taxa de letalidade paulista é de 6,6%, maior do que a média brasileira.
O Rio de Janeiro tem 2.464 casos e 147 mortes, com taxa de letalidade de quase 6%, também maior do que a média brasileira. O terceiro estado com mais casos é o Ceará (1.478 casos), seguido pelo Amazonas (981 casos) e Santa Catarina (693).
Por região, o Sudeste também concentra o maior número de ocorrências da covid-19, com 59,5% dos casos e taxa de letalidade de 6,1%. Na sequência está o Nordeste (18% dos casos e 5,5% de letalidade), o Sul (10% dos casos e 2,9% de letalidade), o Norte (7,7% dos casos e 4,5% de letalidade). Por último está o Centro-Oeste (4,9% dos caoss e 2,7% de letalidade).
Dados proporcionais
O Ministério da Saúde também apresentou, na última quinta-feira, 9, os números da pandemia no Brasil levando em conta a população. Se analisados os dados por 100.000 habitantes, Fortaleza é a cidade que está com a situação mais crítica. A capital do Ceará tinha na quinta-feira 43,9 infectados por 100.000 habitantes.
A cidade de São Paulo tem uma taxa de 40,4 por 100.000 habitantes. Manaus também está em situação de maior atenção, com 28,1 infectados por 100.000 habitantes. Mas o Ministério da Saúde voltou a ressaltar que pode haver uma subnotificação dos casos a depender do número de testes realizados.
“Nós estamos vendo que nestas regiões há uma proporção maior de casos em relação à população. Isso ajuda o gestor local, o gestor estadual, a entender um pouco melhor a dinâmica dos seus casos. Mas vale ressaltar que o número de incidência reflete a disponibilidade de testes para os casos mais leves”, disse o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, em coletiva.
A pasta informou nesta sexta-feira, 10, que já distribuiu quase 1 milhão de testes a estados e municípios e que mais de 1 milhãode novos testes começam a ser distribuídos na semana que vem.
Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/coronavirus-passa-de-1-000-vitimas-no-brasil/