3.700 funcionários são demitidos
CEO da empresa também abriu mão do salário
O Uber enviou um documento à Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC, ógão equivalente à CVM no Brasil) revelando que irá demitir 3.700 funcionários por conta da atual crise causada pela pandemia. O número representa cerca de 14% da força de trabalho da empresa.
O CEO da companhia de ridesharing, Dara Khosrowshahi, também anunciou que irá abrir mão de seu salário em 2020. Em 2019, tinha valor de US$ 1 milhão, sem contar bônus e dividendos.
Segundo o documento, as áreas mais afetadas serão os setores de recrutamento e atendimento ao consumidor. A justificativa é que o congelamento das contratações diminuiu o trabalho de recrutamento na empresa, enquanto a queda no total de usuários diminuiu o número de atendimentos ao cliente.
“Isso não é de maneira nenhuma um reflexo dos esforços ou contribuições desses funcionários para chegarmos onde estamos,” disse Khosrowshahi em carta aberta aos trabalhadores. “Nós não estaríamos aqui sem seus esforços e eu quero pessoalmente agradecê-los por tudo que fizeram pelo Uber.”
Segundo o The Information, o número de corridas feita pelo aplicativo do Uber caiu 80% durante o período de isolamento social.
“Dias como esses são brutais,” continuou Khosrowshahi. “Eu peço desculpas por estar fazendo isso, mesmo sabendo que é necessário. É mais fácil falar do que fazer, mas precisamos continuar focados e trabalhando, porque isso – e nada além disso – é o que vai manter o Uber e nos ajudar a chegar no outro lado.”
Foto: Dara Khosrowshahi, CEO do Uber – Michael Cohen/Getty Images