À medida que as startups se tornam mais financiadas e lidam com dados e transações mais valiosos, elas ficam mais vulneráveis do que nunca ao risco de violações de dados. Porém pode existir um lado positivo: os founders de startups podem usar isso para sua vantagem competitiva.
Primeiro, as notícias indesejadas. Acompanhando notícias do mercado, já pudemos ver o quanto os ataques cibernéticos podem prejudicar as startups. Aqui estão dois dos muitos exemplos recentes:
- A Empresa 1 levantou com sucesso uma rodada de investimentos da Série A. Posteriormente, teve uma grande quantidade de dados que foram inadvertidamente violados publicamente. Perdendo a confiança de clientes e investidores, não conseguiu levantar recursos adicionais.
- A empresa 2 estava planejando um IPO. Antes da oferta de ações, seus clientes expressaram preocupação com anomalias no software da empresa. A liderança atribuiu a más práticas de segurança de seus usuários e não investigou. Mais tarde, descobriu que um hacker havia violado sua rede, desencadeando uma resposta a incidentes massiva e difícil e uma avaliação de plataforma que era cara e atrasou o IPO da empresa.
Para impedir essas ameaças, fundadores, conselhos e líderes de startups precisam mudar sua abordagem à segurança cibernética. Durante anos, eles renunciaram ao investimento em desenvolvimento de software seguro, comprometendo a segurança dos dados e colocando as coisas na nuvem sem preocupação. Eles precisam começar a pensar estrategicamente, como a Apple.
Seja como a Apple
Em abril de 2021, a Apple fez o movimento sem precedentes de lançar App Tracking Transparency (ATT), que deu aos usuários do iPhone a capacidade de optar por não permitir que aplicativos rastreiem e compartilhem informações. A indicação inicial é que a maioria dos usuários está usando e, como resultado, empresas como Meta (Facebook), Snap e Peloton relataram que a Apple está realmente impactando sua receita.
Mais importante, a transparência de rastreamento de aplicativos permitiu que a Apple fosse vista como o telefone convencional mais seguro e privado do mercado. E o posicionamento importa.
A posição da Apple como a solução mais segura continuará ressoando com os clientes. Em uma recente pesquisa informal realizada no LinkedIn, 50% dos entrevistados disseram que provavelmente confiariam na Apple para manter sua privacidade e segurança no metaverso. Apenas 2% votaram no Facebook.
Como líder de startups, como você torna a segurança cibernética e a privacidade estratégicas para sua organização?
Primeiro, trate a segurança cibernética como uma capacidade, não um custo. Essa pequena diferença leva você da mentalidade de minimizar custos para otimizar o investimento. Trata-se de quais processos e conjuntos de dados você precisa para se proteger e se diferenciar.
Em segundo, é hora de contratar um verdadeiro diretor de segurança da informação. Dar esse papel ao seu vice-presidente de engenharia é um insulto. Também não é realista esperar que sua experiência se estenda à segurança cibernética.
Terceiro, defina e estabeleça objetivos estratégicos de segurança cibernética no nível do conselho. Crie metas, não um painel de métricas de segurança que você alcançará para desenvolver seus recursos. Defina o que significa ser a solução mais segura e privada e defina isso como seus objetivos.
Quarto, intensifique para escrever segurança em sua proposta de valor. Comece a delinear e distinguir exatamente como sua solução é diferente e ajude sua organização de vendas a entender como posicionar a segurança como um benefício tangível para o cliente.
Por fim, torne a segurança um recurso do produto e incorpore privacidade e segurança ao roteiro do seu produto. Por muito tempo, a segurança e a privacidade foram uma compensação pelo tempo de lançamento no mercado. É hora de sua equipe de desenvolvimento tratá-lo como um requisito, não uma opção.
