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Ações globais começam a atrair compradores, diz chefe do Goldman

Ações estão ficando mais baratas à medida que as previsões de crescimento dos lucros continuam a melhorar

A liquidação nos mercados globais de ações, que apagou US$ 11 trilhões desde o final de março, pode estar perto do fundo do poço por enquanto, já que valuations castigados, principalmente entre ações de tecnologia, atraem compradores.

Alguns são motivados por indicadores técnicos, enquanto outros olham para balanços sólidos e dividendos altos. Além disso, os investidores já precificaram muitas preocupações, de acordo com Peter Oppenheimer, estrategista-chefe de ações globais do Goldman Sachs, incluindo inflação e crescimento, aperto de política monetária e guerra na Ucrânia.

“As ações começam a parecer atraentes para compradores de médio a longo prazo”, disse ele à Bloomberg Television na terça-feira. Embora os riscos negativos ainda estejam à espreita, “tudo isso já foi absorvido pelo mercado.”

O S&P 500 caiu mais de 15% esse ano, enquanto na Europa, o Stoxx 600 testou as mínimas alcançados após a eclosão da guerra na Ucrânia. O Nasdaq 100 caiu para o menor nível desde novembro de 2020 na segunda-feira.

Em meio a preocupações sobre a agressividade dos bancos centrais, os mercados também podem ter sentido algum alívio quando Raphael Bostic, presidente do Federal Reserve de Atlanta, disse na segunda-feira que não apoia aumentos de juros superiores a 0,5 ponto percentual.

Na Europa, as ações estão tecnicamente sobrevendidas com base no índice de força relativa de 14 dias, um indicador que mede a magnitude das recentes mudanças de preços, enquanto o Nasdaq também se aproxima desses níveis. Essa análise funcionou bem para prever mínimas de curto prazo no ano passado.

Ações estão ficando mais baratas à medida que as previsões de crescimento dos lucros continuam a melhorar, enquanto os preços despencaram. O Stoxx 600 da Europa agora é negociado a 12 vezes seu lucro futuro, abaixo de sua relação preço-lucro média de 13,2 desde 2005. O índice sofreu uma desvalorização de 22% este ano, uma queda de valuation semelhante ao S&P 500.

“Vimos uma correção bastante grande agora”, disse Oppenheimer. “Inevitavelmente, há momentos em que você vai conseguir recuperar um pouco do revés.”

Fonte: Bloomberg

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