A DMCard formalizou junto ao CADE a entrega dos documentos referentes à aquisição da Credz, indicando um avanço significativo no processo, que está próximo de sua conclusão.
De acordo com uma fonte próxima à DM, a transação encontra-se na etapa de elaboração dos contratos finais, e todos os credores já aceitaram os termos e condições estabelecidos no Memorando de Entendimento (MOU) vinculante apresentado em outubro.
Conforme acordado, aproximadamente 70% da dívida será convertida, sendo direcionada para uma sub-holding que passará a receber 25% do lucro antes dos impostos da empresa ao longo de dez anos, com um período de carência.
Os R$ 180 milhões restantes permanecerão na holding operacional como passivo.
A fonte mencionou que a DM espera concluir a transação até o final deste trimestre. O único ponto de preocupação atualmente são as adquirentes, que têm aproximadamente R$ 1,1 bilhão a receber do arranjo de pagamentos da Credz, operado pela Visa.
Esta dívida possui garantias válidas até março, sem a possibilidade de prorrogação pelos bancos. Contudo, essas garantias cobrem apenas uma pequena porcentagem (10% a 15%) do valor devido às adquirentes, como Rede, Cielo e Getnet.
O principal risco para a transação reside na possibilidade de as adquirentes decidirem executar essas garantias. A fonte esclareceu que, se as garantias forem acionadas, as adquirentes receberão apenas 10% do valor, mas a transação será inviabilizada. Se optarem por não executar as garantias, o risco atual é mínimo, limitando-se à eventual não concretização da transação.
Em resumo, segundo a visão da DM, se as adquirentes acionarem as garantias, a transação será cancelada e todos os envolvidos perderão. A decisão de protocolar os documentos junto ao CADE neste momento foi tomada visando acelerar o processo, antecipando a obtenção da aprovação do órgão antitruste quando a aquisição for efetivamente concretizada. A DM só tomaria essa medida se estivesse altamente confiante no fechamento da transação.
A expectativa é que o CADE aprove a transação sem restrições, considerando que ela eliminaria um risco sistêmico.
Fonte: Brazil Journal