spot_img

Arcus e Grupo Mello vendem 81% da Brisa a consórcio de investidores

Já há comprador para 81% da Brisa. É um consórcio formado por investidores holandeses, sul coreanos e suíços.

Negócio avalia a concessionária de autoestradas acima dos três mil milhões de euros

O Grupo José de Mello e a Arcus fecharam venda de 81,1% da Brisa a um consórcio formado por investidores institucionais holandeses, sul coreanos e suíços, num negócio que avalia a principal concessionária de autoestradas portuguesa num valor total acima dos três mil milhões de euros.

Em comunicado, o Grupo José de Mello adianta que o consórcio comprador é formado pela APG (gestora de ativos da ABP, o fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação dos Países Baixos), o NPS (serviço nacional de pensões da República da Coreia) e a SLAM (gestora de ativos da Swiss Life, a maior seguradora do ramo vida na Suíça). “Tem experiência acumulada na gestão de empresas de infraestruturas e uma visão de longo prazo nos investimentos”, nota o grupo português.

A aquisição da principal concessionária rodoviária portuguesa será realizada através de um veículo integralmente detido, direta e indiretamente, pelo consórcio, e conjuntamente controlado pela APG e pelo NPS.

Apesar da venda, o Grupo José de Mello vai permanecer como acionista de referência da Brisa, com uma posição de 17% e “participação ativa na gestão” da empresa. Vasco de Mello vai continuar como chairman da concessionária que explora cinco concessões com um total de 21 autoestradas. Já o fundo Arcus sai da estrutura acionista da Brisa após ter entrado em 2012, aquando da Oferta Pública de Aquisição lançada em conjunto com a família Mello, deixando a empresa avaliada em 1,3 mil milhões na altura.

Não são referidos valores do negócio, mas o ECO sabe que a operação têm um valor global da Brisa acima dos três mil milhões de euros, o que supõe uma transação por valores a rondar dos 2.500 milhões de euros por 81,1% da operadora rodoviária. Ainda assim, foi um valor revisto em baixo em relação às propostas não vinculativas, por causa do efeito Covid-19, que tinham implícito um valor global da Brisa próximo dos quatro mil milhões de euros.

O negócio, assessorada pelos bancos Rothschild e Caixa BI (José de Mello) e Morgan Stanley e o Millennium BCP Investment Banking (Arcus) acabou por ser uma corrida a dois, entre o consórcio vencedor (assessorado pelo JP Morgan) e a Globalvia (assessorada pela Optimal Investments). Como revelou o ECO Insider, foram os dois finalistas, e o negócio acabou por ser fechado em cima da situação de estado de emergência por causa da pandemia.

Há acordo para a venda, mas a operação ainda não está concluída, estando agora dependente de aprovação das entidades reguladoras competentes. O negócio deverá ser decidido pelos reguladores no decurso do terceiro trimestre deste ano, indica o Grupo José de Mello.

Sinal de confiança

Para Vasco de Mello, a operação, “celebrada no atual contexto de grande adversidade” por causa da pandemia, “é um sinal de confiança em Portugal e na economia portuguesa e representa uma oportunidade única para a Brisa reforçar e acelerar o seu posicionamento na área da mobilidade.”

Já os compradores consideram a Brisa “uma das principais referências internacionais no setor das infraestruturas”, pelo que aquisição da empresa promete aumentar a rentabilidade dos seus portefólios de investimentos.

Esta parceria, no atual contexto de grande adversidade, é um sinal de confiança em Portugal e na economia portuguesa, e representa uma oportunidade única para a Brisa reforçar e acelerar o seu posicionamento na área da mobilidade.Vasco de Mello

Chairman da Brisa

“Esta empresa beneficia de uma rede rodoviária de alta qualidade e muito diversificada e constitui um contributo essencial para o desenvolvimento económico de Portugal”, afirmou Jan-Willem Ruisbroek, chefe da Estratégia Global de Investimento em Infraestruturas na APG, o maior gestor de fundos de pensões independente do mundo, com cerca de 551 mil milhões de euros de ativos sob gestão.Brisa invoca “força maior”. Prepara pedido de compensação Ler Mais

Já Christoph Manser, da Swiss Life, com cerca de 5 mil milhões de euros de ativos sob gestão em infraestruturas, destacou que a empresa portuguesa “representa um ativo de infraestruturas fulcrais de elevada qualidade, com um apelativo rendimento a longo prazo e um potencial positivo que se coaduna na perfeição com a estratégia de investimento”.

“A Brisa é um ativo de excelência e as suas características de foco em infraestruturas e de geração de caixa são representativas da nossa filosofia de investimento no setor dos transportes”, disse Jee Kim, da sul coreana NPS, o terceiro maior fundo de pensões do mundo com cerca de 540 mil milhões de euros de ativos sob gestão.

Fonte: https://eco.sapo.pt/2020/04/28/grupo-mello-e-arcus-vendem-81-da-brisa-a-consorcio-de-holandeses-sul-coreanos-e-suicos/

Você é empresário?

Descubra agora gratuitamente quantos concorrentes o seu negócio tem

Logo Data Biz News
Grátis

Descubra agora quantos concorrentes a sua empresa tem

data biznews logo Data Biznews segue as diretrizes da LGPD e garante total proteção sobre os dados utilizados em nossa plataforma.

Últimas notícias

O que falta para a taxa de juros do BC cair mais rápido

Inflação para 2025 está na meta, na conta do...

Na Saque e Pague, R$ 200 milhões para virar “banco” e “loja”

Muitos especialistas previam o declínio dos caixas eletrônicos, equiparando-os...

Veja outras matérias

Logo Biznews brasil
Consultoria Especializada

Compra e Venda de Empresas

Clique e saiba mais

Valuation

Clique e saiba mais

Recuperação de Tributos

Clique e saiba mais