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Cacau Show mira aquisição no exterior e supera disputa por Kopenhagen: “Crescemos uma CRM por ano”

A Cacau Show, a maior rede de chocolates do país, esteve envolvida em uma disputa pela compra da rival Kopenhagen, do grupo CRM. Esse envolvimento começou antes mesmo do processo oficial de venda, com a aproximação do fundo de private equity Advent, de acordo com informações do Pipeline. A suíça Nestlé acabou adquirindo a CRM, mas isso não afetou os planos de crescimento e a sede por fusões e aquisições da empresa liderada por Alexandre Costa. Pelo contrário, isso adicionou um novo valor ao negócio do empresário paulista.

Costa, o fundador e CEO da Cacau Show, afirma: “Estamos sim de olho em oportunidades, temos um departamento de M&A e um contrato com a EY para avaliar negócios.” Ele reconhece seu envolvimento no processo da CRM, mas refuta a ideia de que a empresa tenha participado da disputa, como sugerem outras pessoas ligadas a fusões e aquisições.

Ele comenta sobre a transação entre a Nestlé e a CRM como uma concentração natural de mercado, onde todos desejam estar mais próximos dos consumidores. Embora tenham avaliado os números iniciais da CRM, ele destaca o crescimento constante da Cacau Show e sua experiência no setor de chocolates, tornando desnecessário o aprendizado sobre franquias. Além disso, enfatiza que eles têm know-how na indústria de chocolates.

A Cacau Show atualmente possui quatro mil lojas, entre próprias e franqueadas, o dobro do que tinham há dois anos e meio. Eles planejam abrir entre 600 e 700 lojas este ano e esperam que o faturamento, que foi de R$ 4,02 bilhões em 2022, alcance R$ 5,2 bilhões em 2023. Enquanto isso, a CRM possui receita de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, com 1,1 mil lojas e planeja chegar a três mil unidades até 2026.

Embora Costa não revele o Ebitda da Cacau Show, ele sugere que é significativamente maior do que o da CRM, que foi avaliada em R$ 4,5 bilhões (considerando patrimônio líquido e dívida) com um Ebitda de cerca de R$ 200 milhões. Ele observa que grandes empresas estão pagando preços muito altos, com múltiplos de Ebitda acima de 20. No entanto, ele deixa claro que não tem intenção de vender a Cacau Show, a menos que haja um contexto estratégico específico, como aquisições significativas ou necessidade de capital.

Bancos de investimento mostraram interesse, mas Costa não vê sentido em buscar financiamento para investidores individuais. A Cacau Show já adotou práticas de sociedade anônima, como auditoria regular pela EY e comitês de risco, gestão, jurídico e digital, além de um conselho de administração com membros independentes. Costa até brinca que precisa pedir um aumento.

Apesar de sua carga de trabalho intensa, Costa se orgulha de manter uma boa saúde e evitar medicamentos para pressão, graças aos flavonoides. Recentemente, a empresa entrou no mercado de biscoitos, o que deve adicionar R$ 100 milhões ao faturamento no primeiro ano de vendas. A Cacau Show também está planejando uma expansão internacional em breve, com foco em mercados onde os consumidores valorizam a experiência e a procedência dos ingredientes.

A empresa tem duas metas: triplicar o tamanho do negócio em sete anos, chegando a um faturamento de R$ 15 bilhões em 2030, e aumentar sua equipe para 100 mil pessoas. A Cacau Show já possui 5% do consumo de cacau de produção própria e planeja investir mais nessa área. Com tecnologia, eles aumentaram a produção para três mil quilos por hectare, em comparação com a média nacional de 300 quilos por hectare.

Além disso, a empresa continua lançando novos produtos, como linhas de alto teor de cacau e pistache. Como um fornecedor comentou recentemente, “Alê comanda um navio transatlântico, mas age como se estivesse pilotando um jet ski.” O segredo? Flavonoides, é claro.

Fonte: Pipeline Valor

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