O Cade pode exigir que a Localiza (RENT3) licencie ou venda a marca Unidas para que a combinação de negócios entre as duas companhias seja aprovada, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast.
Essa exigência pode ser feia pela relatora do caso no órgão, Lenisa Prado, que teria considerado insuficiente o acordo negociado entre as empresas e a superintendência-geral do Cade.
De acordo com as fontes, a tendência é que ela negocie um acordo mais duro, indo além da venda de 30 mil a 40 mil carros, que já foi acordada. Concorrentes defendem que o montante vendido deveria ser de pelo menos 70 mil carros para assegurar que o comprador possa competir nesse mercado.
A fusão entre Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) foi anunciada setembro de 2020, o que criaria uma companhia com valor de mercado consolidado de R$ 48 bilhões.
Com isso, os papéis duas empresas caem perto das 14h: Localiza (RENT3) perde 3,88% e Unidas (LCAM3) recua 4,32%.
Fusão
Com a incorporação, uma das estratégias será ampliar o alcance da Localiza no exterior através da parceria atualmente existente entre a Unidas e a subsidiária da Enterprise, Vanguard Car Rental (detentora das marcas Alamo, Enterprise e National). A ideia é a criação de um player de escala global.
Na apresentação a analistas, foi citada ainda a pretensão de combinar profissionais promissores. O foco será trazer soluções inovadoras à companhia, principalmente na área de experiência do cliente.
O comprometimento com os padrões mundiais de governança e sustentabilidade, chamado de ESG, também está nas diretrizes do negócio.
Acima de tudo, na avaliação dos analistas da Goldman Sachz, Bruno Amorim, Osmar Camilo e João Frizo, a fusão entre Localiza e Unidas promete unir o melhor dos dois mundos.
“A nova empresa poderá se beneficiar das melhores práticas de cada companhia na captação de clientes e na venda de carros usados através de suas redes, além de sinergias de custo”, disseram ao Broadcast.
Fonte: Eu quero investir