Decisão foi tomada ao notar que a incorporadora, com mais de US$ 300 bilhões em passivos totais, não tinha um plano concreto de reestruturação
Nesta segunda-feira, 29, um tribunal em Hong Kong determinou a liquidação do China Evergrande Group. A juíza Linda Chan, ao constatar a ausência de um plano concreto de reestruturação por parte da empresa, que é considerada a mais endividada do mundo, tomou a decisão após dois anos de inadimplência no pagamento de títulos e diversas audiências judiciais.
O presidente-executivo da Evergrande, Siu Shawn, assegurou à mídia chinesa que os projetos de construção residencial continuarão sendo executados, apesar da ordem de liquidação. Ele afirmou que a decisão não impactará as operações tanto onshore quanto offshore da Evergrande.
Uma nova audiência, destinada à regulamentação da ordem, está programada para a tarde, conforme divulgado pelo site do tribunal. Isso pode resultar na nomeação de um liquidatário para a Evergrande. Segundo Chan, essa nomeação seria do interesse de todos os credores, pois poderia liderar um novo plano de reestruturação para a Evergrande, especialmente no momento em que seu presidente, Hui Ka Yan, está sob investigação por suspeitas de crimes.
A gigante imobiliária acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas, desempenhando um papel central na maior crise habitacional global. Seu não pagamento de uma dívida em 2021 já havia impactado negativamente o setor imobiliário, e a decisão atual promete abalar ainda mais os mercados de capitais e imobiliários na China.
Fonte: Exame