A loja inteligente, também conhecida como smart store, é um conceito de ponto de venda em constante evolução, adaptando-se às mudanças na tecnologia e no comportamento do consumidor. No Brasil, diversas empresas do setor varejista já oferecem aos consumidores lojas totalmente automatizadas e inteligentes. Para proporcionar uma experiência diferenciada ao cliente nesse contexto, é essencial contar com uma infraestrutura tecnológica confiável. Recentemente, a Danfoss, uma empresa especializada em soluções em tecnologia energética, desenvolveu sua própria smart store, que promete ser 50% mais eficiente em termos de consumo de energia do que um supermercado convencional com sistema de refrigeração baseado em CO2.
A smart store da Danfoss está localizada em Nordborg, na Dinamarca, e servirá não apenas como um ponto de venda, mas também como um centro de desenvolvimento de aplicativos destinados a inspirar outros supermercados a reduzir suas emissões de carbono. Segundo Jürgen Fischer, presidente da Danfoss Climate Solutions, essa iniciativa visa aprimorar a eficiência energética do varejo.
No Brasil, Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha, uma rede de minimercados automatizados, enxerga diversas vantagens nesse modelo de loja. A redução dos custos com mão de obra e a precisão nas transações permitem uma operação mais eficiente, com a possibilidade de alcançar margens de lucro mais substanciais para as empresas.
Mauri destaca que vários fatores contribuem para o desempenho superior das smart stores em comparação com os supermercados tradicionais. Essas lojas autônomas estão presentes em bairros, condomínios, empresas e academias, o que as coloca em uma posição única de proximidade com os clientes. A operação autônoma significa que elas não estão sujeitas aos horários de funcionamento tradicionais, oferecendo uma experiência de compra conveniente e autossuficiente, alinhada com as expectativas modernas dos consumidores.
Além disso, as smart stores se destacam pela personalização do mix de produtos, que é moldado com base na análise de dados para compreender as preferências dos consumidores em cada local. Essa abordagem melhora a satisfação do cliente, pois atende às necessidades específicas de cada comunidade. A empresa investe em tecnologia avançada e automação para tornar a experiência de compra mais eficaz, segura e com menor tempo de espera.
Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo e Retail Lab da ESPM, observa que esse conceito de loja inteligente já se consolidou no Brasil e está conquistando cada vez mais espaço. Ele prevê que os modelos de smart stores continuarão a crescer no mercado, apresentando novos formatos. A estratégia de oferecer conveniência, agilidade e rapidez é o caminho certo, e quando uma rede de supermercados percebe a demanda constante em uma região, especialmente em categorias específicas, isso sinaliza a oportunidade de implantar uma smart store no local.
Fonte: Super Varejo