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Crescimento econômico puxa otimismo de famílias de renda menor; juro em queda anima mais ricas

Em termos gerais, ao serem questionados sobre os fatores que contribuíram para a melhora das expectativas, os entrevistados mencionaram principalmente a tendência de queda nas taxas de juros (50,6%) e as boas perspectivas de crescimento econômico (48,4%).

Entretanto, a pesquisa destaca que essa dinâmica varia de acordo com as diferentes faixas de renda. Na chamada faixa um, caracterizada por rendimentos familiares mensais mais baixos (até R$ 2.100), as boas perspectivas de crescimento econômico foram mencionadas por 41,7% dos entrevistados, representando o maior percentual nesse grupo. Em seguida, encontramos o alívio nos preços de itens de consumo (36%) e a melhora nas expectativas para o mercado de trabalho (35%).

Na faixa dois, onde os rendimentos familiares variam entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800, as perspectivas de crescimento econômico também lideram as respostas (49,7%), seguidas pelo mercado de trabalho (42,4%) e pelo alívio nos preços (38,6%).

Por outro lado, a expectativa de redução das taxas de juros foi a principal razão nas faixas de renda três (57,7%) e quatro (73,6%), que representam os estratos mais abastados da população na pesquisa. Na faixa três, o rendimento familiar varia entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, enquanto na faixa quatro, os rendimentos superam esse patamar.

De acordo com a economista Anna Carolina Gouveia, uma das pesquisadoras responsáveis pelo levantamento do FGV Ibre, “as pessoas com renda mais alta têm a capacidade de adquirir bens mais caros, como carros e imóveis, que podem ser parcelados. A taxa de juros é um fator fundamental nesse tipo de compra.” Ela acrescenta que “para consumidores de renda mais baixa, o principal fator é o crescimento econômico, que está intimamente relacionado com a recente redução dos preços dos itens de consumo e a melhora gradual do mercado de trabalho.”

Em outra parte da pesquisa, os consumidores foram solicitados a mencionar apenas um motivo para a confiança nos próximos meses. Neste cenário, o maior percentual de respostas, considerando todos os entrevistados, relacionou-se à política econômica do governo (23,3%). No entanto, a pesquisa ressalta que essa avaliação não foi unânime, já que não alcançou um nível tão significativo.

Segundo Gouveia, “existe uma tendência de confiança na política econômica do governo, mas não é um resultado que se destaque. Foi mencionado por um pouco mais de 20% dos consumidores.” Ela adiciona que “não é uma porcentagem tão expressiva, ficando atrás da expectativa de queda nas taxas de juros (19,6%) e das boas perspectivas de crescimento econômico (15,8%).”

Ao segmentar os consumidores em grupos, a confiança na política econômica do governo foi a opção mais citada nas faixas de renda dois (20,9%) e três (30,1%). Por outro lado, o alívio nos preços foi a razão mais apontada (25%) entre os consumidores de renda mais baixa (faixa um), enquanto a queda nas taxas de juros se destacou (30,5%) entre os mais ricos (faixa quatro).

A pesquisa de agosto também incluiu uma pergunta sobre como a perspectiva de redução das taxas de juros nos próximos meses poderia beneficiar a situação financeira das famílias. Nesse aspecto, a resposta mais comum entre os entrevistados indicou que a redução das taxas de juros poderia resultar em melhores perspectivas para empregos e salários, devido ao possível aumento dos investimentos por parte das empresas. Essa opção foi escolhida por 61,9% do total de consumidores e encontrou adesão em todas as faixas de renda.

Fonte: Folha

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