Era sábado, 2 de outubro, quando os hackers sequestraram a operadora de turismo CVC. Passados quase dez dias, o cliente que entrava na manhã desta segunda-feira, 11, no site da empresa ou do Submarino Viagens, que pertence ao grupo, não conseguia fazer compras e nem obter informações de preços de viagens. Assim que o cliente abre os sites, já recebe o aviso que a companhia sofreu um ataque cibernético, mas que quem tem passagem comprada não terá nenhum problema em embarcar. Nesta segunda-feira, a empresa informou que conseguiu restaurar parcialmente os sistemas relativos à contabilidade, contas a pagar e ERP, sistema que integra o e-commerce. De qualquer forma, o ataque pode prejudicar ainda mais a empresa que estava apenas começando a se recuperar das quedas das vendas com a pandemia. Na semana passada, as ações da CVC caíram mais de 11%.
O ataque sofrido pela CVC tem se tornado cada dia mais comum e é conhecido como ransomware, em que o hacker literalmente sequestra os sistemas da empresa e só devolve sob pagamento de um resgate. Especialistas afirmam que empresas que têm backup conseguem resolver sem ter que fazer esse pagamento e a depender da importância do sistema afetado, a necessidade de fazê-lo voltar a operar rapidamente acaba levando ao pagamento de resgates. Neste ano, lojas Renner, Grupo Fleury e JBS tiveram que lidar com sequestradores. O JBS sofreu ataque em suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália e pagou 11 milhões de dólares de resgate.
Fonte: Veja