“Minha ideia é mudar completamente essa estatística feminina no mercado da arte. Quero ajudar as mulheres a ampliarem seus poderes, tanto na valoração, quanto na exposição”, afirma Elektra.
Reconhecida mundialmente por fotografias em capas de álbuns musicais, singles e videoclipes, a fotógrafa brasileira Livia Elektra está entrando para o mundo dos NFTs. Ela passou a integrar a EVE, uma DAO (organização autônoma descentralizada) criada em abril e será responsável pelas artes conceitos dos tokens lançados pela EVE.
Elektra foi considerada pela NFTPhotographers uma das melhores fotógrafas do mundo na atualidade. Desde o dia 20 de maio, a obra de Elektra está sendo exibida nos telões da Times Square, em Nova York.
Ela também foi convidada pela World Of Woman, Code Green e Vinci Airports para expor o seu trabalho em mais de 20 aeroportos na França, Japão, Portugal, Costa Rica, República Dominicana, Brasil e Sérvia. Além disso, a artista também estará em uma exposição em Liverpool.
Para formar a EVE, Elektra junta-se a Ana Laura Magalhães, Cintia Ferreira, Kim Farrell, Nina Silva, Nubia Mota, Paula Lima, Roberta Antunes, Simone Sancho e Samara Costa, compondo um grupo de mulheres executivas e artistas, com experiência em tecnologia, cultura e mercado financeiro.
Como uma DAO, a EVE se propõe a ampliar a participação feminina em todas as pontas deste novo mercado digital, seja como criadoras e produtoras, consumidoras e investidoras em obras NFT. As ações iniciais desenvolvidas incluem desde a criptografia dos mais variados produtos da economia criativa até a organização de leilões em benefício de artistas mulheres, com atividades de educação financeira e tecnológica e contrapartidas sociais.
“Minha ideia é mudar completamente essa estatística feminina no mercado da arte. Quero ajudar as mulheres a ampliarem seus poderes, tanto na valoração, quanto na exposição”, afirma Elektra.
O que é DAO? Conheça as organizações autônomas descentralizadas
Com a Web3 e os NFTs ganhando cada vez mais popularidade, compreender conceitos relacionados a essas tecnologias tem sido cada vez mais importante. E um deles é o DAO. Abreviação de organização autônoma descentralizada, em tradução literal. De acordo com Raphael Kling, da BrasilNFT, as DAOs são, “essencialmente, um grupo de pessoas com objetivo comum organizado sem uma liderança central que usa a rede blockchain para a tomada de decisões.”
Qual a relação entre DAO e NFT?
“Elas podem apresentar múltiplos modelos de organização e de decisão democrática e participativa. Seja com um sistema de NFTs atuando como um identificador digital (cada membro da DAO dá um voto), com tokens de decisão (quanto maior o número de tokens, maior o peso) ou ainda incluindo mecanismos que permitam um balanceamento entre poder econômico e identidade.”
Exemplos práticos de DAOs
“Temos alguns exemplos bem-sucedidos e outros nem tanto. No ano passado, foi organizada uma DAO para comprar o NFT do filme Duna que tinha como proposta desenvolver filmes derivados e games sobre o universo. No entanto, o grupo não se atentou ao fato de que o asset adquirido não cedia direitos autorais, por exemplo. Entre as bem-sucedidas temos a CO92 DAO que já levantou US$ 4 bilhões para adquirir o time de futebol americano Denver Broncos. Tem também a Krause House DAO que está em US$ 1,5 bilhão para adquirir uma franquia e poder montar um time próprio para disputar a NBA.”
Em médio e longo prazo as DAOs trazem oportunidades de negócios?
“Vejo muito potencial para outro tipo de modelo como de crowdfunding participativo em uma operação fracionária. Nos últimos anos, tem se falado muito sobre tokenização de ativos imobiliários, por exemplo. Em um prédio com 100 apartamentos, teremos múltiplos tokens dessas propriedades e a remuneração por cada um deles. Outra forma poderia ser uma DAO que seria a proprietária de toda a infraestrutura e tomaria as decisões de forma descentralizada, além de remunerar os donos dos tokens de acordo com as regras estabelecidas.”
O que é Web3?
De acordo com Ricardo Cavallini, da Singularity, “mais do que uma evolução (a próxima versão, três ponto zero), da internet, se trata de uma remodelagem da web baseada em blockchain, tokenização e descentralização. Aproveito para fazer um parênteses aqui, a frase acima em si mostra bem a necessidade dos executivos ficarem em dia com as novidades. Perceba que para entender Web3 é preciso conhecer outras coisas que muita gente ainda não entende, nem a tecnologia, tampouco o conceito.”
Fonte: Forbes