Em outubro os números do desmatamento na Amazônia ficaram abaixo do mês de setembro. Foram 876,56 quilômetros quadrados em outubro, enquanto em setembro foram 984,61 quilômetros quadrados. No entanto, esse comportamento de diminuição do desmatamento é esperado neste mês, como parte da dinâmica na região. Por isso é importante analisar o desmatamento em relação ao mesmo mês nos anos anteriores. E quando comparado a média histórica para o mês de outubro, que é de 617,5 quilômetros quadrados, houve um aumento de 42%.
A mudança de postura do Brasil na COP26, mostrando mais disposição em avançar com as negociações foi notada e bem recebida. Porém este resultado reforça a necessidade do país colocar o combate ao desmatamento da Amazônia como esforço central. O desmatamento é atualmente a maior fonte de emissões do país e, portanto, o atingimento das metas da NDC brasileira passa necessariamente pela conservação das florestas, especialmente da Amazônia.
Por outro lado, foram identificados 566,6 quilômetros quadrados de cicatrizes de incêndios florestais, que representa cerca de 20% da média para o mês. O número de focos de incêndio também apresentou queda em relação a setembro, segundo dados do Queimadas/Inpe. Foram 11.500 focos em outubro, uma queda de 31% em relação ao mês anterior e de 33% em relação a outubro de 2020.
Os municípios com maior área no mês de outubro foram: Altamira, Uruará e Portal, no Pará, Porto Velho, em Rondônia e Lábrea, no Amazonas. Esses cinco municípios responderam por 26% do desmatamento total identificado na Amazônia no mês. Conheça mais sobre esses municípios.
Fonte: Exame