Em 5 de outubro, celebramos o Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas, também conhecido como o Dia do Empreendedor. Essa data tem como objetivo reconhecer e valorizar as empresas que atualmente representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e são responsáveis por aproximadamente 70% das contratações formais no país, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O comércio eletrônico tem desempenhado um papel fundamental no crescimento desses empreendimentos. Apenas no terceiro trimestre de 2023, as Micro e Pequenas Empresas (PMEs) alcançaram um montante de R$839 milhões em vendas digitais, representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior, conforme levantamento realizado pela plataforma de criação de lojas virtuais Nuvemshop.
Durante o período de julho a setembro, observou-se um crescimento de 22% no volume de pedidos online, indo de 2,7 milhões para 3,4 milhões.
Quanto aos setores que mais prosperaram no terceiro trimestre, destacam-se:
- Moda (R$ 297 milhões)
- Saúde & Beleza (R$ 74 milhões)
- Acessórios (R$ 57 milhões)
No entanto, o setor de Casa & Jardim (R$ 41,5 milhões) registrou o maior crescimento, com um impressionante aumento de 62% em relação a 2022, quando atingiu a marca de R$ 25,5 milhões em vendas.
Os resultados evidenciam o papel crucial dos micro, pequenos e médios empreendedores na economia brasileira. Apesar dos desafios enfrentados, eles adotam estratégias criativas e inovadoras para promover suas marcas e impulsionar as vendas. Nesse contexto, o comércio online se apresenta como um aliado poderoso para o aumento do faturamento desses negócios, conforme enfatizado por Luiz Natal, gerente de desenvolvimento de plataforma da Nuvemshop.
Quanto ao perfil dos empreendedores no comércio eletrônico, um estudo conduzido pela Nuvemshop revela dados interessantes. A maioria deles iniciou suas atividades no ambiente virtual por meio do Instagram (56%), enquanto cerca de metade optou por começar vendendo por meio de um site próprio de marca (50,5%), e 46% também utilizaram o WhatsApp como canal de vendas.
A pesquisa também revela que os empreendedores estão em diferentes estágios de suas jornadas no mundo dos negócios online. Aproximadamente um terço deles possui sua loja virtual há menos de um ano, enquanto 25% já operam um e-commerce há mais de três anos.
Em relação aos segmentos mais explorados pelas PMEs online, a Moda lidera, representando 30% dos negócios, seguida por Acessórios (17%) e Casa & Decoração (10%). Além disso, o levantamento identifica os tipos de produtos vendidos online, com 41,5% dos lojistas optando pela revenda de produtos nacionais, enquanto 35% investem na fabricação artesanal própria.
Nesse contexto competitivo, Luiz Natal enfatiza a importância de os micro e pequenos varejistas online se destacarem do mercado tradicional, por meio de estratégias como investir em produtos de fabricação própria e expandir seus canais de comunicação, a fim de oferecer uma experiência única aos consumidores.
Fonte: Exame