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Empresas apostam no digital para salvar venda de imóveis

Com crise provocada pelo novo coronavírus, incorporadoras e imobiliárias adotam ou reforçam práticas digitais para alcançar clientela confinada

A pandemia do novo coronavírus atinge diversos setores da economia mundial e não seria diferente com o imobiliário. Já que a determinação das autoridades é para que todos evitem sair de casa, como vender e alugar imóveis neste período? Sem uma solução definitiva, empresas têm buscado saltar essa barreira, adotando novas práticas ou reforçando antigas. Em geral, todas focam em recursos digitais.

A MRV, que lançou em janeiro uma plataforma de venda 100% digital para um empreendimento em Contagem (MG), expandiu algumas das etapas desse processo para todos os seus empreendimentos. Assim, os clientes poderão fazer o envio de documentação, análise de crédito e assinatura eletrônica do contrato de forma digital e simplificada, sem precisar ir até os estandes de venda. Além disso, a plataforma conta com tour virtual, fotos, plantas e as informações sobre as unidades.

Para os clientes que iniciaram o processo de compra antes da pandemia e da restrição de circulação pelo País e enfrenta dificuldade de enviar os documentos digitalmente, a incorporadora se propõe a buscar a documentação.

A Vitacon, que fechou seus estandes de venda até segunda ordem das autoridades, irá fazer o primeiro lançamento digital da história da incorporadora, entre março e maio, de mais de mil unidades habitacionais em São Paulo.

Clientes podem fazer tour virtual no site da MRV. Foto: Reprodução

Na ausência dos estandes, a alternativa é reforçar tours virtuais no site, para que os potenciais clientes possam navegar pelo projeto decorado dos apartamentos. Com os colaboradores da empresa em jornada de home office, cerca de 150 corretores estarão de plantão pelo site da Vitacon (via e-mail) e pelo celular.

A Mitre Realty, que ainda mantém quatro estandes operando em São Paulo, prevê o seu primeiro lançamento do ano ainda para este mês, do empreendimento Raízes Freguesia do Ó, na zona norte. Para evitar aglomerações, a empresa diz apostar no agendamento de visitas e no ambiente digital.

“Tanto para clientes investidores quanto para os que buscam um empreendimento para morar, nosso foco passará a ser maior ainda no atendimento 100% digital. Em cada empreendimento Mitre Realty é possível visitar virtualmente plantas, fachadas, áreas comuns e até assinar o contrato digital”, conta Henrique Moreno, diretor comercial da Mitre.

Mercado de usados

A venda e o aluguel de imóveis usados também deverá sofrer impactos e, por isso, busca alternativas. A inGaia, empresa de tecnologia para gestão imobiliária, hospeda cerca de 6 mil sites de imobiliárias focadas em imóveis usados. Segundo o presidente da inGaia, Mickael Malka, neste mercado é comum a visitação presencial, que deverá diminuir neste momento.

“Talvez no lançamento, as pessoas estejam mais acostumadas a comprar na planta. Mas no mercado de usados é primordial visitar o apartamento, ver onde é o prédio, qual é a localização, se precisa fazer reforma etc.”, explica Mickael.

De acordo com o empresário, o preço dos imóveis ainda não mostraram queda, mas o número de visitas e anúncios já apresentam involução em relação ao último mês. Entre 1º e 17 de fevereiro, houve 4,2 milhões de acessos aos sites das imobiliárias, enquanto neste mês de março foram 3,8 milhões (queda de 9,7%). Contudo, diz ele, os acessos de março se aproximam aos do mesmo período de janeiro, quando foram registrados 3,8 milhões de acessos.

As empresas que já começaram sua história no ambiente digital acabam tendo vantagem neste momento. A recém-criada Hubbers, por exemplo, coloca proprietário e clientes em contato pela plataforma. A empresa produz fotos e vídeos dos imóveis, e a negociação é toda online. Neste período, a Hubbers também permitirá que os proprietários façam fotos e vídeos para serem publicados no site.

“Quem cadastra o imóvel é o proprietário. Então, as informações têm muito mais qualidade porque quem está cadastrando é quem realmente conhece o imóvel. A gente produz não só fotos como vídeos, que simulam a experiência de visitar. A pessoa consegue visitar o imóvel virtualmente, sem ter que ir fisicamente”, explica Luciano Amado, fundador e CEO da Hubbers.

O QuintoAndar informa que a procura por imóveis no site e no aplicativo segue o esperado para este período. A startup, de natureza digital, relembra a importância de se reforçar o uso de ferramentas online no atual momento de pandemia.

“A visita por vídeo reduz o risco de contágio para o cliente e o corretor parceiro. Nessa modalidade, o corretor realiza uma vídeo-chamada pelo celular diretamente do imóvel para mostrar todos os detalhes e tirar as dúvidas do cliente”, explica Marcus Andrade, diretor do QuintoAndar.

A empresa também destaca o uso de vídeo e fotos profissionais e em 360° dos imóveis nos anúncios, como também a realização da negociação, o envio de documentação e a assinatura de contrato de forma online.

Fonte: https://economia.estadao.com.br/blogs/radar-imobiliario/empresas-apostam-no-digital-para-salvar-venda-de-imoveis-com-coronavirus/

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