A fonte solar acaba de ultrapassar a marca de 1 terawatt (TW) de potência instalada e pode dobrar em quatro anos. Para se ter ideia, a capacidade instalada da Usina de Itaipu é de 14 gigawatts (GW).
Um estudo lançado na Alemanha aponta que a energia solar no mundo segue crescendo e acompanhando um transformação energética mais sustentável. A fonte solar acaba de ultrapassar a marca de 1 terawatt (TW) de potência instalada. Para se ter ideia, a capacidade instalada da Usina de Itaipu é de 14 gigawatts (GW).
Segundo o “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, principal relatório de mercado do setor solar fotovoltaico mundial, o Brasil, mercado líder em energia solar na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, podendo atingir 54 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026.
Apresentado durante a Intersolar Europe, maior feira e conferência do setor solar na Europa, o estudo, coordenado pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar, contou com a participação e co-autoria da Associação Brasileira de Energia Solar fotovoltaica (ABSOLAR).
A ABSOLAR foi responsável por dois capítulos do documento: um que apresenta o panorama e perspectivas da energia solar na América Latina, destaque principal desta edição, e outro especificamente dedicado ao mercado solar no Brasil.
O relatório anual aponta que, apesar dos impactos sem precedentes causados pela pandemia da covid-19, a capacidade instalada solar dobrou no mundo nos últimos três anos. Com isso, em abril de 2022 o setor ultrapassou a marca de 1 TW de sistemas solares em operação no mundo.
A projeção é de que a fonte solar fotovoltaica continuará acelerando seu crescimento, ultrapassando a marca de 2 TW em menos de quatro anos, o que representará o dobro da capacidade de geração de eletricidade da França e da Alemanha somadas.
“Em 2021, o Brasil foi um dos mercados líderes do mundo na instalação de novos sistemas solares, tendo adicionado 5,7 GW ao longo do ano, considerando a somatória das grandes usinas fotovoltaicas com os sistemas de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos”, diz Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.
“Atualmente, a fonte solar é a quinta maior da matriz elétrica brasileira, com 15,3 GW de capacidade instalada em operação. Desde 2012, o setor solar trouxe ao País mais de R$ 82,1 bilhões de investimentos e mais de 459 mil novos empregos acumulados, além de ter evitado a emissão de 22 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Isso é apenas o começo, dado que esta tecnologia limpa, sustentável e acessível ainda tem um imenso potencial para avançar no Brasil”, conclui.
Fonte: Exame