A Eneva apresenta uma proposta de fusão com a Vibra Energia, visando estabelecer uma parceria de ações que resultaria na formação de um gigante no campo da transição energética. Este empreendimento verticalizado conectaria as extensas reservas de gás da Eneva aos numerosos clientes industriais da Vibra, informaram fontes ao Brazil Journal.
Em uma carta enviada ao conselho da Vibra hoje à tarde, a Eneva propõe uma relação de troca entre as empresas, cujos valores de mercado são relativamente próximos. A oferta representa uma fusão de iguais, avaliando ambas as empresas com o mesmo valor de mercado, implicando em um prêmio significativo para a Eneva.
Ao fechamento da sexta-feira, a Eneva tinha um valor de R$ 20,7 bilhões, enquanto a Vibra atingia R$ 25,9 bilhões.
Essa transação, que ocorre em um momento em que a Eneva está mais alavancada que a Vibra, contribuiria para a estabilização da governança da Eneva, onde o BTG Pactual e a Cambuhy, da família Moreira Salles, têm discordâncias quanto aos rumos da empresa.
Além disso, a transação ampliaria a presença do BTG Pactual no setor de energia, dado que o banco possui 27,5% da Eneva e permaneceria como um dos acionistas de destaque na empresa combinada.
Entretanto, a efetivação da transação dependerá das negociações com a Dynamo, acionista comum detentor de 10,7% da Eneva e 10,28% da Vibra.
A proposta será submetida à análise do conselho da Vibra, que examinará as possíveis sinergias decorrentes da fusão.
O conselho da Vibra, liderado pelo presidente Sergio Rial e composto por pelo menos três conselheiros com ampla experiência em fusões e aquisições, incluindo Fabio Schvartsman (ex-CEO da Klabin e da Vale), Walter Schalka (CEO da Suzano) e Nildemar Secches (ex-CEO da Perdigão).
A Eneva conta com assessoria do BTG Pactual e Itaú BBA, e está sendo representada pelos escritórios de advocacia Pinheiro Neto e Spinelli Advogados.
Fonte: Brazil Journal