Alimentos ajudaram a segurar a inflação em 2023 e, na média, recuaram 0,82%
O índice de inflação, medido pelo IPCA-15 e divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE, revela uma significativa queda nos preços das carnes ao longo deste ano. A taxa de inflação encerrou o ano com um aumento de 4,72%, abaixo do limite máximo da meta estabelecida.
Os alimentos desempenharam um papel crucial na contenção dos preços, com uma redução de 0,82% nos custos da alimentação no domicílio em 2023. Especificamente, os preços das carnes experimentaram uma queda média de 9,29%, tornando o churrasco dos brasileiros mais acessível.
A picanha teve uma redução de 9,49%, enquanto a alcatra diminuiu 9,93%. O cupim ficou 5,16% mais barato, e a costela na brasa registrou uma queda notável de 12,41%.
Além das grelhas, os cortes de carne também apresentaram reduções, com o filé-mignon registrando uma queda de 12,13% e o contrafilé de 8,38%. No entanto, a cerveja tradicional teve um aumento médio de 6,49% nos preços.
Enquanto o lazer com amigos se tornou mais acessível, viajar ficou substancialmente mais caro, com o preço das passagens aéreas disparando e registrando um aumento significativo de 48,11% – a segunda maior variação entre os mais de 400 itens pesquisados pelo IBGE.
O IPCA-15 atua como uma prévia da inflação, medindo a variação dos preços entre os dias 15 de cada mês. Portanto, o resultado divulgado hoje reflete as variações ocorridas entre 15 de dezembro de 2022 e 15 de dezembro deste ano.
O resultado final do IPCA de 2023, utilizado como referência nas metas de inflação do governo, só será conhecido no início de 2024. No entanto, é esperado que confirme um resultado abaixo do limite superior da meta estabelecida para este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que fixou a meta de inflação em 3,25% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (limite inferior de 1,75% e superior de 4,75%).
Apesar da redução nos preços dos alimentos, alguns itens experimentaram aumentos consideráveis, como o azeite de oliva (37,76%), ar-condicionado (19,34%), plano de saúde (11,56%), gasolina (11,10%) e cerveja (6,49%).
Fonte: Agência O Globo