O presidente Lula está apostando em medidas para aumentar o crédito e reduzir os juros, visando impulsionar o crescimento econômico neste ano. Ele já encomendou a sua equipe a implementação de ações para estimular o crédito, comemorando os resultados positivos do programa Desenrola.
Com a perspectiva de mais crédito e taxas de juros mais baixas, Lula expressa confiança em um crescimento que pode superar as previsões de mercado, que atualmente situam-se em torno de 1,5% para este ano eleitoral. O Banco Central prevê 1,7%, enquanto a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aposta em algo em torno de 2%.
O presidente busca alcançar um crescimento mais robusto, contando também com a injeção de recursos na economia proveniente do aumento do salário mínimo e do pagamento de R$ 95 bilhões em precatórios. Essas medidas são vistas como impulsionadoras para a economia, que registrou um crescimento em torno de 3% no ano anterior.
Ao retornar a Brasília, Lula tem missões imediatas para janeiro, incluindo a escolha do novo ministro da Justiça e negociações com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a tramitação de uma medida provisória proposta por Fernando Haddad no final do ano anterior para aumentar a arrecadação.
No que diz respeito à escolha do novo ministro da Justiça, Lula havia acertado com Flávio Dino que o substituto seria definido até 15 de janeiro, com Ricardo Lewandowski sendo considerado um candidato forte.
Quanto à segunda missão, existe o risco de a medida provisória ser devolvida, e Lula buscará um acordo com Pacheco para evitar a rejeição. A devolução prejudicaria não apenas uma, mas três medidas implementadas por Haddad no final do ano anterior, envolvendo a reoneração da folha de pagamento, limites para compensação de créditos tributários e redução dos incentivos fiscais para o setor de eventos.
Em relação a uma possível reforma ministerial, embora Lula tenha mencionado no final do ano anterior a possibilidade de ajustes na equipe, há receios de desencadear uma disputa entre os partidos da base aliada por mais espaço no governo, especialmente entre legendas do Centrão, como Progressistas e Republicanos.
Fonte: G1