Estruturação de 13 diretorias autônomas deu velocidade à tomada de decisões nas farmácias associadas às bandeiras Total e Total Popular
Uma iniciativa criada durante a pandemia foi determinante para mudar o patamar do Grupo Total. Em quatro anos, a companhia mais que dobrou seu faturamento bruto mensal, chegando a R$ 148.319.732,19 em maio deste ano, um avanço de 116,4% em comparação com o mesmo mês de 2019. Esse crescimento foi um dos fatores que a tornou uma das 15 maiores redes de farmácias do país. Além disso, consolidou a liderança entre as empresas afiliadas à Febrafar, principal federação do varejo farmacêutico associativista.
Com faturamento de R$ 1,4 bilhão e evolução média anual acima de 20%, o Grupo Total administra as bandeiras Total e Total Popular – respectivamente a primeira e a 14ª maior farmácia associativista do estado de São Paulo. Mas, no fim de 2019, o cenário era preocupante, com lojas distantes da performance e meta de vendas esperada. Foi o pontapé inicial para inspirar o Projeto Qualificar, concebido a partir de 2020.
“Nosso negócio preconiza a união de pontos de venda independentes em torno de uma só bandeira, mas sem tirar do negócio o proprietário da farmácia. Esse modelo impõe tempo e recursos extras para adaptar o estabelecimento à nossa cultura de gestão”, admite Jair Beloube, conselheiro deliberativo da companhia e um dos responsáveis pelo projeto.
Passado um ano em elaboração, o Qualificar ganhou vida em 2021 com a definição de Júlio César Martins para a presidência executiva. Em paralelo, o grupo estruturou 13 departamentos que atuam como unidades de negócios independentes – com foco nas áreas de marketing, RH, administrativa, financeira, comercial, governança, compliance, TI, RCA (Relacionamento Com Associado), convênio, expansão, inteligência e ouvidoria.
Na visão de Beloube, cada empreendedor que se associa à Total tem demanda e dor específicas. A parte administrativa pode estar desempenhando bem, mas o marketing é precário, por exemplo. “Tratam-se de situações cuja resolução seria bem mais complexa e lenta com um colegiado de executivos. Mas, por meio de diretorias autônomas, trouxemos velocidade à gestão e tiramos qualquer amarra que poderia travar o crescimento”, reforça Beloube.
Grupo vive rápida expansão orgânica e ensaia novos projetos
O projeto ajudou a dar fôlego ao avanço territorial da companhia, que converteu quase 100 farmácias em pouco mais de três anos – um quarto desse total só neste primeiro trimestre. A cooperativa administrada pelo grupo quadruplicou de tamanho nesse período.
Atualmente, a rede soma 567 drogarias em 295 cidades de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que atendem em torno de 23 milhões de clientes. No estado paulista, a capilaridade supera até mesmo a de grandes redes como Raia Drogasil e DPSP, com presença em aproximadamente 110 municípios.
“E até o fim do ano, estamos aptos a chegar a 650 unidades”, endossa Beloube. Com a operação das farmácias mais bem azeitada a partir do Qualificar, novos projetos também já estão no radar.
Um deles envolve o desenvolvimento de marcas próprias e o outro será uma espécie de universidade corporativa para líderes e profissionais da linha de frente das farmácias. “Para liderar essas missões, teremos diretores específicos comexperiência de mercado”, finaliza.
Sobre o Grupo Total
Fundado em 1996, o grupo de farmácias associativistas integra as redes Drogaria Total e Drogaria Total Popular, que somam 567 lojas em 295 municípios de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, além da Coopertotal, cooperativa própria de compras, centro de armazenagem e distribuição de 8,4 mil m² em Jardinópolis (SP). A operação também inclui um programa de fidelidade com mais de 2,6 milhões cadastros, além de um cartão de crédito exclusivo que permite o pagamento das compras com até 45 dias de prazo.