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JBS apostando na carne de laboratório e decisões do Cade são destaques da semana M&A

A última semana foi recheada de novos negócios de fusões e aquisições e agora, nesta coluna, trago alguns highlights sobre o que de mais importante aconteceu no mercado de M&A.

O primeiro destaque vai para a JBS, que investiu US$ 100 milhões na compra da empresa espanhola BioTech Foods. Com isso, a JBS entra no mercado de proteína cultivada, ou como é conhecida popularmente, carne de laboratório.

Além disso, quem deu muito o falar nesta semana foi o Cade. O conselho vem chamando a atenção com seus pareceres sobre negócios recentes. E um dos últimos, o Cade revelou que considera complexa a compra do Grupo Big pelo Carrefour, já que esta transação apresenta um elevado risco de concentração de mercado. Por outro lado, o Cade aprovou sem restrições a compra da Sulgás pela Compass. O conselho entendeu que, como a Compass (ou o Grupo Cosan) não atua na distribuição de gás natural encanado (ou mesmo a granel) no RS ou nos elos de produção e transporte de gás natural, a aquisição consiste na substituição de agente econômico.

Confira agora mais destaque do setor de fusão e aquisições:

JBS anuncia aquisição e investimento de US$ 100 mi em carne de laboratório

A JBS anunciou, nesta quarta-feira, a aquisição da BioTech Foods, empresa espanhola especializada em proteína cultivada — ou seja, carne feita em laboratório, a partir de células animais.

A compra foi feita a partir da companhia controlada JBS Global Luxembourg e o valor pago pela companhia especializada nessa tecnologia foi de 100 milhões de dólares.

Compra do BIG pelo Carrefour é ‘complexa’, diz Cade; órgão decide aprofundar análise e adia decisão sobre o negócio

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considerou “complexo” o ato de compra do Grupo BIG pelo Atacadão, empresa afiliada do Grupo Carrefour, e decidiu aprofundar a análise da operação antes de emitir uma decisão sobre o caso.

A Superintendência do Cade diz em nota técnica que a instrução realizada até o momento “apontou que a operação pode resultar em concentrações de mercado elevadas sem evidências de rivalidade efetiva por parte de concorrentes nos mercados relevantes de cerca de 10% das 386 unidades-alvo de varejo de autosserviço envolvidas na operação”.

Em sua maior aquisição, Omie compra banco digital Linker por R$ 120 milhões

A Omie está fazendo a sua maior aposta em serviços financeiros com a aquisição de 100% do banco digital Linker, um negócio de R$ 120 milhões em dinheiro e ações.

A transação fortalece a Omie na briga por clientes pessoas jurídicas, a nova fronteira dos bancos digitais, um mercado que conta com a participação de Nubank, Inter e C6 Bank, mas também de nomes que miram exclusivamente esse público, como Conta Simples, Cora e LetsBank.

TC faz mais três aquisições para reduzir dependência da bolsa

O TC fechou a compra de participação em três companhias que podem ajudá-lo a reduzir a concentração de receitas em renda variável e ter uma base mais diversificada de produtos. A maior operação foi com a DXA, gestora de private equity que já investiu em companhias como ZeeDog e Modern Logistics, e os outros dois negócios foram firmados com InvestAI, voltado a renda fixa, e CriptoHub, no universo de criptomoedas.

As aquisições somam R$ 24 milhões em desembolso, deixando R$ 370 milhões no caixa do TC. Na DXA, avaliada em R$ 80 milhões pré-money e com injeção de R$ 20 milhões do TC por 20% do negócio, a nova sócia tem a possibilidade de chegar à posição majoritária, conforme ajude a atrair novos investidores para os fundos da casa.

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