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JetSmart prepara desembarque no Brasil: ‘já encomendamos aviões e não teremos onde voá-los’

Empresa com sede nos EUA quer entrar no mercado doméstico brasileiro, hoje dominado por três empresas

Em janeiro, a empresa aérea norte-americana JetSmart divulgou sua incursão no mercado interno colombiano. O próximo passo é expandir suas operações para o setor de voos domésticos no Brasil.

Veronica Alvarez, gerente de mercados internacionais da empresa, revela em entrevista à EXAME que possuem 120 aeronaves, com 32 já recebidas e a expectativa de ultrapassar 100. A entrada no mercado brasileiro é inevitável, pois, sem considerar o Brasil, a empresa enfrentaria dificuldades para utilizar sua frota.

Apesar de não especificar uma data para essa expansão, Alvarez destaca os desafios burocráticos que as companhias aéreas enfrentam ao operar no Brasil, incluindo a necessidade de estabelecer uma filial no país.

Atualmente, a JetSmart já opera no Brasil em voos internacionais, conectando Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo a destinos como Santiago, Montevidéu e Buenos Aires, com sete rotas disponíveis.

Ao abordar as preocupações com a litigiosidade no setor aéreo brasileiro, Alvarez não vê isso como um obstáculo, considerando-o um desafio que incentivará melhorias nos processos da empresa em relação ao cuidado ao consumidor.

O mercado doméstico brasileiro é majoritariamente dominado por três empresas: Latam, Gol e Azul, com participações de 38,7%, 33,3% e 27,5%, respectivamente, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Alvarez ressalta que a JetSmart faz parte de um grande fundo de investimentos norte-americano, o que proporciona respaldo financeiro para enfrentar os desafios e expandir para países de grande porte como o Brasil e a Colômbia.

Fundada em 2016, a JetSmart integra o grupo Indigo Partners, com sede nos Estados Unidos, que também é proprietário de outras companhias aéreas ao redor do mundo. A empresa atua nos mercados domésticos do Chile, Argentina e Peru, com conexões internacionais para Brasil, Paraguai e Uruguai.

O cenário para as companhias aéreas na América do Sul tem sido desafiador, com a situação na Colômbia se destacando. Em 2020, a Avianca, principal empresa aérea do país, passou por um processo de recuperação judicial, saindo em 2021. Durante esse período, a Viva Air e a Ultra Air encerraram suas atividades abruptamente em 2023, criando espaço para a entrada da JetSmart no mercado colombiano, onde operará em sete rotas domésticas.

Fonte: Exame

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