Startup fundada em 2020 criou plataforma digital que conecta pequenas agências e influenciadores a grandes fornecedores do mercado
A Just Travel está dedicada a modernizar um nicho de mercado que cresce desenfreadamente desde o recuo da pandemia. A traveltech, termo para startups de turismo que adotam tecnologias modernas, nasceu para digitalizar micro e pequenas empresas do setor e ajudar pequenas agências de viagem para o online. Para isso, acaba de captar R$ 1,2 milhão em uma rodada seed de investimento.
Participaram da captação da Just Travel os fundos:
- Bossanova
- Sai do Papel Capital, do Grupo de inovação e investimentos Sai do Papel
- Investidores anjos da Rede+
O que faz a Just Travel
A Just Travel foi criada em 2020, ainda durante a pandemia, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, também ganhou filiais no Brasil, onde mantém operações em Salvador e São Paulo — hoje sede da empresa.
A empresa funciona como uma plataforma white-label, ou seja, que permite personalização à vontade para clientes — em suma, agências de viagem, agentes independentes ou até mesmo influenciadores do mercado de turismo.
Por meio do sistema da Just Travel, essas empresas são conectadas a diferentes integrações (APIs), que integram seus e-commerces a cerca de 300 fornecedores produtos de turismo, como ingressos, reserva de hotéis e casas e aluguel de carros.
Também pela plataforma da Just Travel que são processados os pagamentos e são e repassados os produtos de turismo para os consumidores finais. “Levamos os pequenos empreendedores do setor, hoje offline, para o online”, diz o CEO e fundador da Just Travel, João Nou. “Nosso propósito é auxiliar ele nessa transição e criar uma vertical digital para ele”.
Uma outra camada, mais ligada à questão gerencial, ajuda esses pequenos empreendedores a tocarem o negócio.
A empresa vem crescendo a um ritmo acelerado. Em agosto deste ano, a Just Travel transacionou algo como R$ 4 milhões em produtos. Para efeitos de comparação, em outubro de 2021, o total havia sido de R$ 90 mil.
Planos da empresa
Com o aporte, a empresa quer melhorar sua tecnologia própria. “Entendemos que quem tiver a melhorar tecnologia é quem sairá na frente neste mercado de turismo”, diz. Além disso, pretende investir em outros dois pilares:
- Marketing
- Vendas
A percepção, por lá, é de que a empresa está num mercado em que a confiança conta muito. Por isso, ações para tornar a marca conhecida serão essenciais daqui para frente, e isso inclui parcerias comerciais estratégicas e presença em eventos do setor.
Em 2022, a empresa espera transacionar R$ 50 milhões. Nos próximos 12 meses, a meta é dobrar esse resultado.
Segundo Carlos Junior, fundador e CEO do Grupo Sai do Papel, o interesse de investidores pela empresa se dá na essência do produto final, capaz de criar impacto positivo no mercado. “Como investidores, ajudamos pequenos negócios a sobreviver, crescer, impactar e crescer, muitas vezes operações que estavam na mão de grandes empresas”, diz. “A Just Travel propõe isso, a criação de impacto em um mercado com essas características, que é o do turismo, hoje carente de inovação”, diz.
Fonte: Exame