O conselho da Magalu acaba de aprovar um aumento de capital no valor de aproximadamente R$ 1,25 bilhão. A família Trajano demonstrará seu comprometimento com R$ 1 bilhão, enquanto o BTG contribuirá com os R$ 250 milhões restantes. Notavelmente, o mesmo banco será responsável por financiar os controladores.
Em comunicado relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa esclarece que essa estratégia reafirma o compromisso da família fundadora com a empresa. O documento destaca que isso representa uma manifestação de confiança dos controladores na companhia e em seu modelo de negócios, com a possibilidade de ampliar sua participação acionária.
O preço da emissão foi estabelecido em R$ 1,95 por ação, aproximadamente 5% abaixo do valor de fechamento na última sexta-feira. Conforme a empresa, os recursos captados serão direcionados para investimentos em tecnologia, aprimoramento da experiência do usuário e nos serviços de publicidade, fintech e nuvem oferecidos pelo grupo. Além disso, a operação é vista como uma maneira de otimizar a estrutura de capital da companhia.
A Magalu, assim como outras varejistas, enfrentou desafios decorrentes do aumento das taxas de juros. Em diversos eventos com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Luiza Trajano chegou a solicitar a redução da taxa Selic.
Em novembro, o Pipeline antecipou que a empresa estava em negociações com bancos para uma capitalização em torno de R$ 2 bilhões. Na ocasião, já era esperado que a família se comprometesse com pelo menos metade desse montante.
No terceiro trimestre, o mais recente disponível, o Magalu apresentava R$ 8,1 bilhões em caixa e uma dívida bruta de R$ 7,4 bilhões, sendo mais de 40% com perfil de curto prazo.
Fonte: Pipeline Valor