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Marfrig (MRFG3) compra mais ações e chega a 45% do capital da BRF (BRFS3), mas o apetite pode ter chegado ao fim

Pouco a pouco, a Marfrig (MRFG3) tem aumentado sua participação na BRF (BRFS3) através de ações deliberadas. O grupo anunciou que agora detém 45% das ações da empresa responsável pelas renomadas marcas Sadia e Perdigão.

Antes dessa última iniciativa, a Marfrig já havia investido mais de R$ 1 bilhão para expandir sua posição na BRF.

Conforme suas declarações anteriores, o grupo de Marcos Molina reafirma que não tem a intenção de modificar a atual estrutura de controle da BRF.

No mercado, há especulações de que esse progresso possa culminar em uma fusão entre as empresas. No entanto, considerando a situação atual, a fusão entre a “vaca e o frango” pode não parecer mais tão apropriada, uma vez que a situação da Marfrig atualmente parece bastante confortável.

Marfrig: satisfeita com sua participação na BRF?

Embora não detenha a maioria das ações, a Marfrig já estava desempenhando um papel significativo na BRF e agora possui uma parcela substancial do poder econômico na empresa.

O frigorífico inicialmente possuía 33,3% das ações da BRF e aumentou sua participação após a derrubada da chamada “pílula de veneno” pelos acionistas. Essa cláusula estatutária exigia que qualquer acionista que alcançasse mais de um terço das ações da empresa fizesse uma oferta por todas as ações no mercado.

Agora, pode ser que o apetite da Marfrig tenha atingido seu limite. Em um relatório divulgado no final de setembro, o BTG Pactual afirmou que a empresa não tem a necessidade nem os recursos para adquirir as ações dos acionistas minoritários da BRF e chegar a 100% de controle.

Uma fusão também pode não ser viável, pois os acionistas controladores da Marfrig acabariam com uma participação menor na empresa combinada, de acordo com os analistas.

No decorrer deste ano, as ações da BRF (BRFS3) registraram um aumento de cerca de 30% na B3, embora ainda estejam consideravelmente abaixo das máximas de 2019, quando ocorreu a primeira (e infrutífera) tentativa de fusão com a Marfrig. Enquanto isso, as ações da Marfrig caíram 20% desde janeiro.

Fonte: Seu Dinheiro

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